Encontro nosso amigo Luís Gonzaga, pesquisador e "profeta" da chuva que me diz as últimas precipitações em Camocim não são mais de inverno, mas correntes do leste africano que interferem na quadra invernosa entre a Natal e Salvador. Hoje os dados informados pela FUNCEME são coletados na estação particular do Luís Gonzaga localizada na Rua José de Alencar com Humaitá. No tempo em que trabalhava na EMATERCE tinha por lá um pluviômetro que era monitorado pelo amigos Osmar Chaves e Ozenard Sousa que informavam os milímetros chovidos para o Escritório Regional em Sobral. Não sei mais se existe. Mas, fuçando o Banco de Teses da USP me deparo com um trabalho que trata da questão ambiental e o trabalho dos engenheiros na Baixada Fluminense, durante o período imperial. Investigando a atuação do engenheiro de tráfego Moraes Rego, a autora Simone Fadel acaba por nos dar um dado importante: a instalação de um posto meteorológico na Estação Ferroviária de Camocim e outro na de Sobral, entre 1881 e 1883. O mesmo era encarregado de fornecer os dados para a imprensa de Sobral e Fortaleza que eram coletados quatro vezes por dia, consistindo na "determinação da temperatura,pressão, estado higronométrico do ar, quantidade de chuva, intensidade dos ventos e aspecto do céu".(p.36).
Estação Ferroviária de Camocim. Arquivo do Blog. |
Maiores detalhes sobre esse posto não é mais dado pela autora. Contudo, o Luís continua realizando de outra forma o trabalho de Moraes Rego.
Fonte: FADEL,Simone. Meio Ambiente, Saneamento e Engenharia no período do Império à Primeira República:Fábio Hostílio de Moraes Rego e a Comissão Federal de Saneamento na Baixada Fluminense.USP.2006.
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