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Capa do romance "Maíra". 10ª edição. Darcy Ribeiro. Editora Record. 1989 |
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Capa do romance "Maíra". 10ª edição. Darcy Ribeiro. Editora Record. 1989 |
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Capa de "Cebolas para Chantilly". Orlando Cantuário. 2017. |
Ir ao IFCE - Campus Camocim além de ser sempre um prazer é sinônimo de "ganhar presentes". Da última vez que estive lá não foi diferente. Além do calor humano, acabo sempre trazendo algo interessante para casa. Desta vez trouxe uma "refeição" completa em forma de livro: "Cebolas para Chantilly", do chef e professor Orlando Cantuário.
Trata-se não somente de "Poemas de cozinha experimental", onde o saber gastronômico tempera a têmpera poética do autor, mas, é um livro onde a poesia "experimenta" seus inesgotáveis sabores em variados "pratos" que revelam um poeta, antes de tudo.
Por outro lado, o discurso poético não deixa de ser denunciador da nossa realidade camocinense. Os pescadores, a beira do cais, os peixes não trazem apenas o cheiro de maresia, mas, contém uma crítica social, como se fossem "Vísceras expostas/No tronco á beira mar", quer tornam "O cais cúmplice/ Da despesca/ De homens e mulheres/ Á beir mar", como se fossem "vidas ressequidas/ largadas/Como peixe-gatos", que, no entanto, "... enriquece tão poucos/Que não sabem pescar".
Enfim, o poeta vai filetando versos como quem destrincha uma pescada amarela à moda Tremembé, observando o riso da amada que contém "Os açucares/Extrovertidos/ Que caramelizam/ O dia". Há muito não lia algo em poesia tão gostoso com todos os sentidos do gostar. Não podia ser diferente, pois, como o próprio autor nos diz em "Lavrador", que me lembrou "Cio da Terra" de Milton Nascimento:
"COZINHEIRO É QUEM POETIZA GRÃOS".
Serviço:
Livro: Cebolas para Chantilly
Autor: Orlando Cantuário
Ano: 2017
Editora: Nova Aliança. Teresina-PI.
A escola foi criada na administração da prefeita Ana Maria Beviláqua Moreira Veras quando tomou posse no ano de 1983. Nesse período o município estava com 103 anos de emancipação política e na sede não havia uma escola pública municipal, que funcionasse em prédio próprio para beneficiar a população estudantil, sobretudo as mais carentes. A Escola General Campos foi projetada para ser de grande porte, com o objetivo principal de atender aos alunos dos bairros de São Pedro, Cruzeiro, Praia e Rodagem do Lago, construída com quatro salas de aula e logo em seguida ampliada para oito salas. Quando a ampliação das outras quatro salas foi concluída (abril de 1987), a Escola foi oficialmente inaugurada, estando à frente de sua direção a senhora Lenilda Veras Coelho Colares Moreira e no dia 05 de junho de 1987 a Unidade foi oficialmente criada pela Lei 444/87, assinando o ato o então prefeito em exercício (vice-prefeito) José Maria de Lima. Em 1993 na gestão do prefeito Antônio Manuel Veras, passou por uma reforma geral de ordem física, administrativa e pedagógica. Com uma meta de aumentar a matricula, procurar conter os altos índices de evasão escolar e reprovação (que a cada ano tornava esta Unidade de Ensino sem credibilidade na comunidade). Foi criada a sala de reforço para crianças com deficiência na aprendizagem e um programa de acompanhamento pedagógico tendo como foco o docente e o discente, apresentando resultados significativos. Em 1995 outras medidas foram tomadas para desencadear na escola um sistema de gestão escolar mais participativo. A comunidade fora convocada a participar do processo e criou no Município o primeiro Conselho Escolar em 16 de março de 1995, tomando posse em 5 de maio do mesmo ano. Maio de 1995 toma posse como diretor geral o professor José Augusto de Carvalho Júnior assumindo compromisso com a participação de toda a Comunidade General Campos, de construir e implantar um projeto de Escola que repensasse a Instituição em toda a sua estrutura, objetivando fazer da mesma uma “Escola viva e em movimento". A Escola General Campos em 23 de abril de 1996 teve aprovada pela Câmara Municipal e sancionadas pelo prefeito Antônio Manoel Veras as leis 583/96 que oficializou a sua bandeira e 582/96 que oficializou seu hino que tem letra de José Augusto de Carvalho Júnior e música de George Arrais de Xavier. A direção e o Conselho Escolar criaram na mesma data o título AMIGO DO GENERAL para homenagear pessoas que contribuíram com a escola e foi criada também a Semana Festiva Esportiva e Cultural que se realiza todos os anos por ocasião da semana do aniversário da Escola. Em 16 de julho de 1997, foi criado o Grêmio Estudantil Ciro Ferreira Gomes para fortalecer a Gestão Participativa, Autônoma e de Qualidade. Fonte: http://cassioletras.blogspot.com/2013/04/historico-informativo-da-eef-general.html |
Antigamente o 13 de Maio, Dia da Abolição da Escravatura, era mais do que uma data magna. Era feriado. Nesta data, era comum os discursos de louvação à Princesa Isabel e ao seu ato que "libertou" os escravos do Brasil (13 de maio de 1888). Com o revisionismo histórico a data foi perdendo espaço para uma outra, o da morte de Zumbi dos Palmares (20 de novembro de 1965), líder do maior quilombo do Brasil. O 20 de Novembro é hoje consagrado como o Dia da Consciência Negra no Brasil.
Como Camocim também é Brasil, os ecos da escravização negra também chegou por aqui. Neste sentido, arrumando melhor o nosso blog Camocim Pote de Histórias, você pode encontrar postagens relacionadas com o tema, abaixo relacionadas:
"O Traficante e a Escrava"; "Firmino Beviláqua - o traficante de escravos"; "Porto de Camocim na rota da liberdade escrava"; "O Escravo Raymundo de Camocim"; "Escravos e a Estrada de Ferro de Sobral"; "A Escravidão em Camocim (2015)" e a "SC-5. A Escravidão em Camocim. (2011).
No entanto, confesso que ainda é muito pouco, mas, já é um começo para que outros pesquisadores possam aprofundar esta questão em nosso município.
Em tempo: Camocim JÁ TEVE uma rua como o nome 13 DE MAIO, em alusão á data da Abolição dos Escravos. Atualmente, é a RUA ALCINDO ROCHA (Antonio Alcindo Rocha), ex-prefeito, nomeado na Era Vargas e que ficou 03 (três) meses no comando do município (Julho a Outubro de 1945).
Foto: https://curitibaspace.com.br/rua-treze-de-maio/
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Filmagens do Documentário Euclides Pinto Martins. Camocim-CE. 2022. Foto: Tadeu Nogueira. |
1, Em parceria com a Câmara
Municipal, pensar a outorga da Comenda
Pinto Martins à pessoas físicas e jurídicas em 19 de dezembro de 2022.
2. Reforma integral da Casa de Pinto
Martins (Biblioteca Pinto Martins).
3. Aquisição de material
artístico-plástico da AMARTES para instituição de um Memorial na Biblioteca Pinto Martins).
4. Fazer injunções junto à VIRA LATA
Produções Artísticas- RJ, no sentido de ver a possibilidade de exibir o documentário sobre Pinto Martins,
realizado no mês de abril em nossa cidade na inauguração da praça em dezembro,
numa sessão em praça pública.
5. Lançar mais 03 (três) livros da Série História Camocinense, e uma
SEGUNDA EDIÇÃO do livro PINTO MARTINS.
UM VOO NA MEMORIA E NA HISTÓRIA do aviador camocinense.
6. Organização e implementação de um
espaço de memória e pesquisa sobre a HISTÓRIA
DE CAMOCIM para professores e estudantes sob a responsabilidade do COLETIVO
DE HISTORIADORES DE CAMOCIM. Sugestão de espaço: antiga sede da Guarda
Municipal de Camocim. Estação Ferroviária.
7. Lançamento da PLATAFORMA PINTO MARTINS - Banco de
Dados sobre o município de Camocim em todas as áreas do conhecimento, que
poderia funcionar neste espaço acima referido e disponibilizado virtualmente em
canais específicos.