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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
AUGUSTO DENTISTA
ABECEDARIUS CAMOCINENSIS
ALFREDO OTTON COELHO (Coronel). Natural de Ipu-CE, nasceu a 30/09/1896 e faleceu em Camocim no dia 08/03/1992. Filho de Joaquim Francisco da Fonseca Coelho e Leonília Zeferino Veras Coelho. Era comerciante, agropecuarista e proprietário de muitas terras. Notabilizou-se, no entanto como chefe político do município comandando as famílias Veras e Coelho, herdando o espólio político de seu sogro Thomaz Zeferino Veras, um dos primeiros intendentes do município. Foi eleito vereador na 1ª legislatura, de 1947 a 1950, porém, neste mesmo período fora eleito um vereador comunista, Pedro Rufino e, por não ter o desprazer de ser chamado de “colega” por um vereador comunista, tirava seguidas licenças. Foi Venerável da Loja Maçônica Deus e Camocim Nº 1, fundador e Presidente do Sindicato Rural de Camocim e da Associação Comercial, tendo importante participação para que não fosse retirada as Oficinas e os Trens de Camocim em 1949-1950.
Foto: Arquivo particular da família.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
O PREFEITO DO PEIXE E DA CARNE
NO TEMPO DAS AMPLIFICADORAS
Nostalgia pura. No entanto, essa era a rotina de um camocinense de décadas atrás. Mas, o queremos evindenciar na matéria é a existência dos Sonoros Pinto Martins, Voz de Camocim, dentre outras amplificadoras que marcaram época na cidade como canais de comunicação e entretenimento local. Se hoje temos a internet e nela os blogs, twitters e sites da vida, num tempo pretérito, eram as amplificadoras que faziam a festa e a interação de jovens e adultos. Neste sentido, queremos destacar o trabalho intitulado "A CIDADE NAS ONDAS DO RÁDIO - Memórias e Histórias dos Serviços de Alto-Falantes de Camocim. [1], do Prof. Carlos Manuel do Nascimento [2].
Ele nos diz da importância dessas amplificadoras para a cultura local e localiza historicamente seu início:
(...)É nessa atmosfera cultural da cidade que as amplificadoras estavam situadas. Sua presença no meio urbano não se dava de forma passiva e imperceptível; as músicas, as notícias e a comunicação irradiada pelos serviços de alto-falantes provocam nas pessoas um clima de nostalgia, motivação e interação social. Este instrumento sonoro que produzia um circuito de comunicação que envolvia a cidade fincava raízes na história da comunicação local, tornando-se assim os precursores do rádio em Camocim.
(...)A primeira experiência do povo camocinense com um serviço de alto falante, ocorreu por volta do ano de 1939 em virtude da chegada do “grande circo FREKETI”. O circo armou sua arena na Praça da Matriz, nas proximidades da casa de João Pascoal de Melo, causando de imediato grande impacto e animação na cidade, pois a mesma nunca recebera uma arena circense de tamanha amplitude e com múltiplas atrações.
Tenham um bom domingo!
Foto: Desfile de 07 de setembro. In: A CIDADE NAS ONDAS DO RÁDIO - Memórias e Histórias dos Serviços de Alto-Falantes de Camocim.
[1] Monografia apresentada ao Curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, sob a orientação da Profº. Dr. Carlos Augusto Pereira dos Santos. Graduação. Sobral-CE. 2009. Tenham um bom domingo
[2] Licenciado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Professor da rede estadual e municipal de Camocim-CE.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A PRAÇA É DA VACA COMO O CÉU É DO CONDOR
Foto: Arquivo do blog
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
O MONUMENTO À NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
A recepção de Nossa Senhora em Camocim – 6 de novembro de 1954.
Desde que os fiéis tiveram conhecimento da Circular do Sr. Bispo Diocesano, concernente à Peregrinação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima por toda Diocese, não pouparam esforços no sentido de preparar uma recepção condigna da Excelsa Virgem Peregrina. Foram logo organisadas pelo Vigário três comissões tendo por objetivo (de) dirigir o movimento de preparação e recepção. O mez de Outubro foi inteiramente consagrado às glórias de Maria. Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima era conduzida em procissão aos lares em visitas diárias, sendo levada a efeito a cadeia do terço e novena, acompanhadas de cânticos bem expressivos referentes às aparições de Nossa Senhora de Fátima como o hino: “Aos 13 de Maio” e outros.
No dia 3 de novembro iniciou-se um tríduo para se encerrar com a chegada da Imagem Peregrina no dia 6 pela manhã. Chegando o dia ansiosamente aguardado Camocim em peso foi despertado pela banda de música local, pela voz da amplificadora (local) e pelo estrungidos foguetes. A cidade toda ostentava um aspecto festivo. Em todas as ruas extenderam-se faixas com dísticos expressivos, casas embandeiradas, edifícios engalanados e calçamentos semeado de flores.
Ás 3.30 foi celebrada a 1ª missa festiva pelo Vigário e a 2ª pelo Revdmo. Pe. João Batista Araújo, Pároco de Chaval, que fora convidado para emprestar brilho às festividades. Grande número de fiéis abeirava-se do Banquete Eucarístico.
Os alto falantes de vez em quando conclamava o povo a se preparar para receber condignamente a Excelsa Peregrina. Avultava cada vez mais o número de pessoas, vindas de todos os cantos da Paróquia.
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O HERÓI ESQUECIDO
Foto de Pinto Martins: Domínio público
Foto do túmulo: Alênio Alencar
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
DA VELHA MARIA FUMAÇA AO ÚLTIMO TREM - UMA CRONOLOGIA DA ESTRADA DE FERRO DE SOBRAL
Uma boa história é bem mais complexa do que uma boa cronologia. Neste sentido, o post tem o objetivo de registrar os principais momentos deste espaço do trabalho que por quase um século foi a mola econômica da região. Contudo, muito desta história precisa ser contada ainda, principalmente por quem a vivenciou e sofreu os seus reflexos. Por enquanto, ofereço um roteiro cronológico no sentido de despertar outras histórias, afinal, nosso "pote" surgiu para isso e não transborda nunca qaundo o assunto é história. Bom domingo para todos!!!!
01/06/1878 - O Conselho de Estado, presidido por João Lins Cansanção de Sinimbu, envia mensagem anexada ao Decreto nº 6.918, que autorizava o prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité a construção da Estrada de Ferro de Sobral, visando minorar os efeitos da seca de 1877 em socorro dos flagelados da região.
19/06/1878 - Assinatura do Decreto nº 6.940, considerava a Estrada de Ferro de Sobral de estrada geral, autorizando os estudos e construção por conta do Estado.
30/06/1878 - Foi batida a primeira estaca inaugurando os serviços de exploração da Estrada de Ferro de Sobral em Granja.
14/09/1878 – Início dos trabalhos de construção da linha férrea na 1ª seção, Camocim – Granja.
26/03/1879 – Inauguração do assentamento dos trilhos da ferrovia pelo Presidente da Província Dr. José Júlio de Albuquerque Barros.
24/07/1878 – Entrada do Vapor Guará no Porto de Camocim, trazendo engenheiros e materiais para a construção da ferrovia.
05/08/1878 – Início dos estudos para a construção da Estrada de Ferro de Sobral.
24/12/1879 até abril de 1880 – Deram entrada do Porto de Camocim os seguintes navios, trazendo materiais para a construção da ferrovia, procedentes da Antuérpia: Linnea, Mathilde, Kongsberprod, Sophia Polly and Emily, Hansa, Scotia, Ross, Flid, Agar e Kronose.
28/01/1888 – Procedente da Filadélfia a barca inglesa Fayre Belle aportou em Camocim trazendo 5 locomotivas e 52 carros, descarregando todo o material em 17 dias.
21/02/1880 – Assinatura do Decreto Nº 7.655 autorizando estudos definitivos para construção da EFS.
19/10/1880 - Idem.
15/01/1881 – Inauguração do primeiro trecho Camocim-Granja com extensão de 24,5 Km e as duas estações das respectivas cidades.
14/03/1881 – Inauguração da Estação de Angica (Martinópole). 43,7 Km
02/07/1881 – Inauguração da Estação de Pitombeiras (Senador Sá). 79,1 Km.
31/12/1881 – Inauguração da Estação de Massapê. 106,3 Km.
05/05/1882 – Morte do Dr. José Privat, aos 47 anos de idade – Primeiro – engenheiro da EFS. Seus restos mortais se encontram depositados na Igreja Matriz de Camocim, por ordem do Bispo D. Joaquim em 11 de janeiro de 1886, transladados que foram do cemitério local. Natural do Rio de Janeiro. Em sua homenagem denominou-se Engenheiro Privat uma rua em Camocim e um lugarejo entre esta cidade e Granja.
31/12/1882 – Inauguração da Estação de Sobral. 128,9 Km.
31/07/1889 – Trafegou pela Estrada de Ferro de Sobral o Conde D’Eu, genro do Imperador D. Pedro II. Chegou a Camocim por um navio da Companhia Maranhense de Navegação a Vapor. Foi até Sobral. Na volta visitou em Granja a Igreja Matriz, Casa da Câmara e Cadeia e a residência do Sr. Carvalho Motta. Deu esmolas para casa de caridade em Sobral e Igreja Matriz em Granja, além de alguns populares.
10/01/1894 – Inauguração da Estação de Riachão (Uruoca). 65,6Km.
01/01/1897 – a EFS é arrendada para a firma Sabóia, Albuquerque & Cia.
10/08/1883 – Início da exploração do terreno para a construção da ferrovia até Ipu.
01/11/1893 – Inauguração da Estação de Cariré. 161,6 Km.
01/12/1893 – Inauguração da Estação de Santa Cruz (Reriutaba) 188,4 Km.
10/10/1894 – Inauguração da Estação de Ipu. 216,4 Km.
01/05/1910 – Inauguração da Estação de Ipueiras. 243,3 Km.
01/05/1910 - EFS foi arrendada pela firma inglesa The South American Railway Construction Limited, pelo Decreto nº 11.692.
03/11/1910 – Inauguração das Estações de Charito (Engenheiro Dr. João Tomé) 260,4Km e Nova Russas 277,1 Km.
01/01/1912 – Inauguração da Estação de Pinheiro (Sucesso). 305,2 Km.
12/12/1912 – Inauguração da Estação de Crateús. 336,4 Km.
24/01/1950 – Tentativa de transferência de funcionários da EFS para Sobral e Fortaleza, ocasionando um movimento da população contra esta medida impedindo a saída dos trens.
29/01/1950 – Chegada a Camocim do Engenheiro Virginio Santa Rosa, representante do Ministro da Viação e do Governador do Ceará Faustino de Albuquerque que iniciou os trabalhos de desobstrução da linha férrea e prometeram que os funcionários e nem as oficinas seriam transferidos.
13/03/1977 – Percorreu na EFS o último trem misto. Prefixo MAC – ½ nº 616.
15/03/1977 - Paralisação dos trens de passageiros no ramal ferroviário Camocim-Sobral. Diretor da RFFSA – Coronel Stanley Fortes Baptista.
24/08/1977 – Último trem que trafegou na EFS. Partiu para Sobral a locomotiva nº 611. Maquinista – Raimundo Nonato de Castro (Bolô), Auxiliar- Sr. Aragão.
29/08/1977 – Autorização do Ministério dos Transportes à Superintendência Regional da Rede Ferroviária Federal para paralisar definitivamente o ramal Sobral-Camocim a partir de 01 de Setembro do mesmo ano. [1]
[1] OLIVEIRA, André Frota de. Estrada de Ferro de Sobral. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 1994.