Associação Guarani Futebol Clube. Camocim-CE. Fonte: Arquivo do clube. |
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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
O FUTEBOL EM CAMOCIM. GUARANI FUTEBOL CLUBE
sexta-feira, 26 de novembro de 2021
A MAÇONARIA CENTENÁRIA DE CAMOCIM
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
A PRAÇA DA REPÚBLICA EM CAMOCIM
sábado, 23 de outubro de 2021
PROJETO DO CENTENÁRIO DO VOO PIONEIRO DE PINTO MARTINS
Card comemorativo do Dia do Aviador. 2021. Fonte: Prefeitura Municipal de Camocim. |
sábado, 16 de outubro de 2021
RAYMUNDO SOARES VASCONCELOS - UM ESTIVADOR DE CAMOCIM NO PORTO DE SANTOS
terça-feira, 5 de outubro de 2021
CAMOCIM NA REVOLUÇÃO DE 1930.
Cartão Postal em homenagem à Revolução de 1930. Fonte: CPDOC. |
Sempre digo que Camocim é um museu a céu aberto para ser utilizado nas aulas de História do Brasil. A Revolução de 1930 é um exemplo. Até outro dia tínhamos uma rua em homenagem à data do fato (03 de outubro, atualmente Antonio Zeferino Veras). Por outro lado, alguns camocinenses participaram da "revolução" que guindou Getúlio Vargas ao poder por 15 anos no Brasil. Vejamos a história contada por Tóbis de Melo Monteiro no livro "Camocim Centenário":
Funcionava em Camocim o Tiro de Guerra 2'13 sob a presidência do então Prefeito Municipal, Dr. Gentil Barreira. O instrutor era o Sargento Bezerra (Joaquim Olímpio Bezerra), militar autêntico por gosto e vocação.Como ele desfilava garboso no seu uniforme verde oliva. Peito para fora e barriga para dentro, como se diz na linguagem militar. As aulas eram à noite, na Praça do Mercado. A nossa arma era o fuzil Mauzer, modelo 1908. O nosso Tiro-de-Guerra diplomou muitos reservistas.
Certo dia, em 1930, no auge da revolução que explodiu para depor o então Presidente constitucional, Dr. Washington Luis, desembarcou em Camocim um sargento do exército que veio encarregado de alistar voluntários para servirem à causa da revolução. O sargento reuniu os reservistas do Tiro-de.Guerra e fez a pergunta: Quem quer ir? E a resposta começou a sair dos lábios da maioria: “Não vou porque o papai não quer e a mamãe não deixa”.. E, por fim, lá se foi o nosso contingente formado, apenas, de oito voluntários. O distintivo dos revoltosos era um lenço vermelho atado em volta do pescoço.
Embarcados à tarde no vapor "Monte Moreno" que, naquele dia, estava ancorado no porto. Muita gente acorreu à praia para assistir a partida de nossos heróis da revolução. Fomos para Fortaleza e de lá embarcamos em outro navio maior e cheio de soldados. Rumamos para o Norte até chegar a Belém. A finalidade daquela viagem era depor o Governo do Pará que, até então, se conservava fiel ao Dr. Washington Luis. A vida a bordo era dura. Passávamos o dia e a noite no tombadilho, sujeitos à chuva e ao sol. À noite, tínhamos que fazer plantão.
Já em Belém, na primeira noite, às 22 horas, rendi a sentinela e ela me deu as ordens: “Existe um preso muito importante a bordo. E ele está ali, naquele camarote. Se tentar fugir pode atirar”. Enchi o fuzil de balas é fiquei olhando a noite toda para aquela porta. O silêncio era completo. A noite era escura. Apenas a luz de bordo tremia e tremia na superfície buliçosa das águas. A soldadesca dormia, a sono solto, deitada no convés daquele transporte improvisado de tropas. Deu meia noite, Eu de olho na porta e de mão no fuzil. Finalmente deu 4 horas da matina e, graças à Deus, o nosso homem não fugiu. E eu senti um grandioso alívio ao passar ao meu substituto aquela instrução tão radical.
Em Belém fomos alojados num Grupo Escolar, cujas camas eram o próprio chão duro e seco. A nossa comida constava de bolacha, café, carne, feijão e arroz feita lá mesmo na cozinha de campanha. Nós mesmos lavávamos os nossos pratos e copos. Ficamos apenas 15 dias nesse sufoco e fomos devolvidos a Camocim pelo mesmo vapor “Monte Moreno”. Aqui em Camocim fomos recebidos com indiferença\e alguns até ficaram até criticando o nosso “heroísmo” verde-amarelo. (p.135-136).
Pela narrativa em primeira pessoa, pode-se inferir que o próprio escritor foi um dos oito voluntários que seguiram para o norte do país. Mas, quem seriam os outros sete bravos soldados? Fica a pergunta e a dica de pesquisa posterior.
Fonte: MONTEIRO, Tóbis Melo. Camocim Centenário. IOCE, 1984, p.135-136.
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
"SÉRIE HISTÓRIA CAMOCINENSE". CAMOCIM PUBLICA TRABALHOS SOBRE SUA HISTÓRIA. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021. Nº10).
terça-feira, 28 de setembro de 2021
CHICO ARAÚJO. NOSSO CONSTRUTOR. (XI SETEMBRO CAMOCIM. Nº09).
Ex-governador Adauto Bezerra e Chico Araújo. Camocim. Inauguração da CEPESCA. Fonte: Arquivo de Cristiano Sousa. |
Em postagem anterior sobre o Restaurante Popular, o popular "Mosqueiro", já havíamos destacado a atuação como construtor do senhor Francisco das Chagas de Araújo em obras públicas na cidade de Camocim.
Hoje falaremos um pouco mais desse cidadão, evidenciando outros aspectos de sua trajetória de vida. Navegando pelo facebook, encontramos alguns dados, para mim inéditos e, com certeza, para muita gente.Pois bem, mestre Chico Araújo, como era conhecido em nossa cidade, na juventude, acalentou o sonho de explorar a Amazônia e foi Soldado da Borracha, no contexto da Segunda Guerra Mundial. Aliás, Camocim, era ponto de partida para os seringais do norte do país. Acometido por doenças tropicais, dentre elas, a malária, voltou para Camocim e se tornou mestre de obras de renome, tendo construído prédios públicos como a Capitania dos Portos e a CEPESCA. Reproduzimos aqui o depoimento de seu filho Cristiano Sousa:
Construída pelo meu estimado pai Chico Araújo, através de um contrato de pura confiança e respeito ao histórico dele na cidade. Na época a Marinha do Brasil consultou em Fortaleza se alguma empreiteira se interessaria pela construção desta obra, mas não conseguiu resposta. Consultou e pesquisou na cidade quem poderia construir de acordo com a planta com fidelidade e garantia. Todos indicaram seu Chico, mas ele não tinha CNPJ e nem empresa registrada em seu nome. Foi chamado à Fortaleza para assinar um contrato e com um orçamento nas mãos conseguiu a aprovação do comandante da Capitania dos Portos do Ceará. Entregou no prazo com qualidade e segurança. Até hoje não entendo como uma pessoa vinda da pobreza extrema, conseguiu se alfabetizar sozinha com uma caligrafia primorosa, fazendo cálculos de construção com sabedoria e inteligência. Na juventude, para escapar da miséria, foi servir como Soldado da Borracha extraindo seringa na Amazônia durante 8 anos no tempo da guerra. Foi atingido por todo tipo de doenças tropicais daquela região. A mais perigosa, malária, o trouxe de volta pra morrer em casa, mas sobreviveu e começou a trabalhar em pequenas obras da Prefeitura em 1954, ganhando a confiança do prefeito da época, Setembrino Veras, depois dele, construiu quase todos os prédios públicos das cinco décadas seguintes. Nunca aceitou esquemas que sujasse sua reputação Morreu pobre com uma aposentadoria de 2 salários . Meu querido , meu velho , minha inspiração de vida.
Vivendo e aprendendo mais sobre a história de Camocim. Parabéns ao Sr, Chico Araújo e seus familiares.
quinta-feira, 23 de setembro de 2021
ESCRITORES CAMOCINENSES. CARLOS CAVALCANTI. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2011. N.08)
Na área do magistério, Carlos Cavalcanti foi professor do primeiro Curso Superior de História da Arte no Brasil, oferecido pelo Instituto Brasileiro da Arte., do qual foi fundador e 1º Vice - Presidente.
Infelizmente não encontramos uma foto dele para ilustrar esta postagem, mas fica o registro da capa de um dos seus livros.
Fonte:
AMARO, Danielle. O lugar da História da Arte no Brasil: breve revisão da instituição da história da arte no Brasil a partir dos cursos de graduação. Cuadernos de Música, Artes Visuales y Artes Escénicas / Volumen 9 - Número 1 Enero - Junio de 2014 / ISSN 1794-6670/ Bogotá, D.C., Colombia / pp. 69-93.
Revista Instituto do Ceará-2010.
quarta-feira, 22 de setembro de 2021
ASSOCIAÇÃO DO BAIRRO BOA ESPERANÇA. CAMOCIM-CE. 19 ANOS DE LUTAS E HISTÓRIAS. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021. N.07).
Por ocasião dos 19 anos da Associação Comunitária do Bairro Boa Esperança, o blog Camocim Pote de Histórias homenageia a mesma pelos serviços prestados à comunidade local através de texto enviado pelo historiador Francisco Rocha Pereira, que também é membro da atual diretoria. Parabéns a todos que fazem a associação!
Logomarca da Associação Comunitária da Boa Esperança. Camocim-CE. Fonte: Arquivo da Associação. |
Quando
se trabalha com dedicação, responsabilidade e perseverança, se ver o resultado.
A Associação de Moradores do Bairro Boa Esperança de Camocim é um exemplo. Fundada
em 22 de setembro de 2002, teve como seu primeiro presidente o Senhor Manoel de
Carvalho. No início as reuniões eram realizadas debaixo de um cajueiro na propriedade
do Sr. Carvalho. Mas com muita dedicação e esforço, Seu Carvalho pleiteou e
conseguiu um terreno junto ao Município, ainda na gestão do Prefeito Sérgio
Aguiar, onde foi construída a sede da Associação.
Vale ressaltar que toda a construção foi
realizada com recursos oriundos do programa “Sua nota tem valor”.
O Sr. Manoel de Carvalho tem o
reconhecimento da comunidade e das autoridades como um grande benfeitor da
referida associação, porém depois de ter muito contribuído, teve que se afastar
das atividades por orientação médica para cuidar de sua saúde. Sucedeu-lhe o
Sr. Aderaldo Rodrigues de Lima que já está no segundo mandato e a exemplo de
seu antecessor, continua fazendo um excelente trabalho, mantendo o ritmo das
atividades que beneficiam os sócios e demais pessoas da comunidade, pois esta
era a grande preocupação do Sr. Carvalho.
Dos vários projetos que a Associação
desenvolve, destacamos o Núcleo de Apoio a Criança e Adolescente criado em
2009, objetivando tirar o público juvenil da ociosidade, prevenindo-os contra
as drogas. Isto se dá através de atividades como colônia de férias, aulas de
dança, quadrilha junina, escolinha de futebol, aula de violão e reforço escolar e das atividades realizadas no Projeto Telecentroque tem sido uma constante, beneficiando cerca de 150 crianças entre os filhos
dos sócios e demais pessoas da comunidade. Mas não é só isso. Para os adultos
já foi oferecido vários cursos e oficinas como arte e cultura, manicure, artesanato,
pedreiro, culinária, aula de cidadania e ainda tem a zumba para as mulheres
ficarem em forma.
Alunos do Curso de Violão na Associação Comunitária do Bairro Boa Esperança. Camocim-CE. Foto: Arquivo da Associação. |
Para realizar as ações e projetos, além
do empenho da diretoria e colaboração dos sócios e comerciantes voluntários, a Associação
conta também com a parceria da Prefeitura Municipal, Ministério Público, Polícia
Militar e outras instituições.
Lembramos que na pandemia foram suspensas as
reuniões, obedecendo aos Protocolos Sanitários, mas a associação não parou de
todo, pois com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania,
através do Projeto “Mãos que Protegem”, as mulheres sócias produziram 10.000
(dez mil) máscaras, que foram distribuídas nas repartições e em 20 comunidades do município.
Não é à toa que a honrada associação tem
se destacado como líder da região Norte cearense no programa “Sua Nota Tem Valor”, e participou do
Programa Itaú Social UNICEF, obtendo a 6ª colocação no Ceará, ficando entre as
14 melhores associações do Brasil. Isto nos orgulha, não só de ter acompanhado
desde o início, mas também de fazer parte dos 19 anos de história e muitas
vitórias da Associação da Boa Esperança, já considerada de Utilidade Pública
Municipal e Estadual.
Francisco Rocha Pereira
(Membro da Diretoria)
segunda-feira, 20 de setembro de 2021
A PREVIDÊNCIA SOCIAL EM CAMOCIM. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021. N.6).
Prédio do INPS (hoje INSS) em Camocim-CE. Rua da Independência, 506. Fonte: MONTEIRO, Tóbis de Melo. 1980, p.113. |
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Agência do INSS em Camocim. 2016. Foto: Marcelo Giovanni C. Moura. |
Além de servir a população no acesso aos serviços da previdência e assistência social, o prédio do INPS teve outra utilidade - ser o local das apurações de votos das eleições municipais nas décadas de 1970, 1980 e 1990, no tempo em que o voto era assinalado em cédulas eleitorais de papel e depositados em urnas de lonas. Os trabalhos chegavam a durar até uma semana e parte da população acompanhava eufórica ou decepcionada os resultados nas calçadas adjacentes ao prédio, manifestando-se a cada "ponta" obtida pelos candidatos, anunciados por bilhetes jogados pelos fiscais do primeiro andar do prédio ou pelos locutores das rádios que acompanhavam a "marcha da apuração".
Terminada a apuração, os vencedores partiam em passeata para espaços identificados com os partidos políticos ou para as residências dos eleitos.
Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Camocim.
sábado, 18 de setembro de 2021
O PADRE PREFEITO DE CAMOCIM. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021. Nº5).
Monsenhor José Augusto da Silva (1883-?) Fonte: Arquivo do CPH. |
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
PATRIMÔNIO PRESERVADO. (XI SETEMBRO CAMOCIM. Nº 4)
segunda-feira, 13 de setembro de 2021
IGREJA, PREFEITURA, CÂMARA MUNICIPAL E MARINHA NUM SÓ RECIBO. (XI SETEMBRO CAMOCIM.2021. N.3).
sábado, 11 de setembro de 2021
ESCRITORES CAMOCINENSES. JOSÉ ARTHUR DE CARVALHO. (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021, N.2).
Capa do livro "Retalhos do Cotidiano", de José Arthur de Carvalho. |
Prof. José Artur de Carvalho. Fonte: www.ceara.pro.br |
CAMOCIM 142 ANOS (XI SETEMBRO CAMOCIM. 2021. N.1).
sexta-feira, 23 de julho de 2021
VOCÊ SABIA? BIBLIOTECA PINTO MARTINS.
terça-feira, 22 de junho de 2021
A VACINAÇÃO EM CAMOCIM.
quinta-feira, 27 de maio de 2021
RESIDENCIAL BONITO III. O MAIS NOVO CONJUNTO HABITACIONAL DE CAMOCIM
Residencial Bonito III. Camocim-CE. 2021. Fonte: Camocimmotovlog088. |
Residencial Bonito III. Camocim-CE. 2021. Fonte: Camocimmotovlog088.
Mas o que é uma casa? Principalmente para quem não tinha uma ou vivia em condições precárias de moradia? pára o filósofo Gaston Bachelard a casa é "o nosso primeiro universo", "um grande berço", se apresentando como proteção, estabilidade, e sossego (BACHELARD, 1989, P.358).
Depois de entregues fui presenciar a chegadas dos moradores beneficiados. No semblante de cada um percebi a alegria daqueles que chegavam com seus móveis, tralhas e antenas parabólicas. Fiquei a pensar em como se processava na cabeça de cada um aquilo que o escritor moçambicano Mia Couto diz em um dos seus romances: "O Importante não é a casa onde moramos. Mas, onde em nós, a casa mora" (COUTO, 2003, p.54).
A partir de agora aquele espaço pertence a estes novos moradores que o transformarão com certeza, fazendo dele seu novo universo. O tempo mostrará. Neste sentido, já propus acompanharmos estas mudanças, a começar por historiar as trajetórias destas famílias que agora habitam o Residencial Bonito III.
Fontes:
Camocimmotovlog0088.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São paulo: Martins Fontes. 1989.
COUTO, Mia. Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
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