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sábado, 29 de setembro de 2018
RESTAURANTE POPULAR DE CAMOCIM. O "MOSQUEIRO". VIII SET/11
Recibo referente às despesas de construção do Restaurante Popular. Camocim. 1971. Fonte: Arquivo PMC. |
Pois é, nosso Restaurante Popular ou "Mosqueiro", como queiram, foi erguido durante a administração do prefeito José Maria Primo de Carvalho, no ano de 1971. A obra custou aos cofres públicos a quantia de Cr$ 9.200,00 ( Nove mil e duzentos cruzeiros), segundo o recibo assinado pelo Sr. Francisco das Chagas Araújo, famoso construtor da cidade que ergueu obras como o sólido Instituto São José, dentre outras, mais conhecido entre nós como Mestre Chico Araújo. Ainda segundo especificações do recibo, o Restaurante Popular foi construído,
"obedecendo as mais rigorosas normas de higiene e possuindo dimensão de 06,30m de largura por 20m de cumprimento. Revestido por paredes de alvenaria, apresenta-se com quinze bem distribuídos "boxes" azulejados; balcões de marmorite e mesas de pia, culminando com eficiente serviço de água e esgôto, tendo feito dentro da moderna estética".
Quarenta e sete anos depois, o "Mosqueiro" ainda resiste se constituindo num patrimônio histórico do nosso município,
OS DISCOS VOADORES DE BITUPITÁ E OS JIPES DE CAMOCIM. VIII SET/10
Recibo de Francisco Frederico Lopes. Camocim. 1976. Fonte: Arquivo da PMC. |
Qual a relação entre discos voadores (OVNIS) e jipes? Aparentemente nenhuma. Mas, no ano de 1976, estes veículos terrestres e extraterrestres cruzaram (não, no sentido literal) seus caminhos, mais precisamente na praia de Bitupitá, então distrito de Barroquinha do município de Camocim.
Após várias aparições de objetos "suspeitos que estavam baixando no referido distrito", as autoridades de Camocim, e das Forças Armadas, resolveram constatar "in locco" o aparecimento destes objetos voadores não identificados.
É aí que os jipes entram na história. Sem viaturas específicas para o patrulhamento, a Prefeitura de Camocim contratou três jipes para conduzirem até Bitupitá, "oficiais da Agência da Capitania dos Portos", "oficiais da Marinha de Guerra" e "oficiais do Exército que se deslocaram de Fortaleza para visitar o referido distrito".
Estas são informações que constam de recibos assinados pelos proprietários dos veículos junto à Prefeitura Municipal que pagou entre Cr$ 300,00 a Cr$ 450,00 por cada frete. Os recibos são fontes históricas que dizem pouco sobre o fato, mas revelam um caminho de pesquisa a ser aprofundado.
Conversando com o taxista Pedro Farias Filho, que ainda hoje faz ponto com seu táxi no Mercado Público, um dos que assinaram os recibos, o mesmo confirmou o fato do ter ido à Bitupitá com as autoridades, mas, o jipe não era seu e sim do nosso saudoso mecânico, Nilo Cordeiro da Silva.
Não sabemos se as autoridades confirmaram o aparecimento dos objetos estranhos que estariam pousando na praia de Bitupitá, mas os rastros da história ficaram nos documentos. Quem averiguará?
Fonte: Recibos. 1976. Arquivo Público da Prefeitura Municipal de Camocim.
Estas são informações que constam de recibos assinados pelos proprietários dos veículos junto à Prefeitura Municipal que pagou entre Cr$ 300,00 a Cr$ 450,00 por cada frete. Os recibos são fontes históricas que dizem pouco sobre o fato, mas revelam um caminho de pesquisa a ser aprofundado.
Conversando com o taxista Pedro Farias Filho, que ainda hoje faz ponto com seu táxi no Mercado Público, um dos que assinaram os recibos, o mesmo confirmou o fato do ter ido à Bitupitá com as autoridades, mas, o jipe não era seu e sim do nosso saudoso mecânico, Nilo Cordeiro da Silva.
Não sabemos se as autoridades confirmaram o aparecimento dos objetos estranhos que estariam pousando na praia de Bitupitá, mas os rastros da história ficaram nos documentos. Quem averiguará?
Fonte: Recibos. 1976. Arquivo Público da Prefeitura Municipal de Camocim.
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
AS CONTAS DE ÁGUA, LUZ E TELEFONE DE CAMOCIM. VIII SET/09
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
A BIBLIOTECA PINTO MARTINS. REINAUGURADA. VIII SET/08
Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Camocim. Ano de 1972.
AS ARTES PLÁSTICAS EM CAMOCIM. 30 ANOS. VIII SET/07
quarta-feira, 19 de setembro de 2018
A FONTE LUMINOSA DE CAMOCIM. CURIOSIDADES. VIII SET/06
CASA DOS ESTUDANTES DE CAMOCIM. FORTALEZA-CE. VIII SET/05
Recibo. Núcleo dos Estudantes de Camocim. 1973. Fonte: Arquivo da Prefeitura Municipal de Camocim. |
Num tempo em que estudar era difícil e para poucos, manter um filho estudando, "continuando" seus estudos era uma façanha. Na década de 1970 o máximo de nível escolar que Camocim proporcionava era o antigo primeiro grau. Mandar um filho estudar fora só para quem tinha "bala na agulha". No entanto, alguns comerciantes, funcionários públicos e autônomos que tinham alguma condição financeira conseguiram que seus filhos enfrentassem as dificuldades e fossem estudar em Fortaleza. Para isso, fundaram na capital o Núcleo dos Estudantes de Camocim (NEC), a famosa Casa dos Estudantes por onde passou mais de duas gerações de jovens camocinenses. Muitos dos que usufruíram desta república estudantil, hoje estão entre nós como empresários, profissionais liberais, funcionários públicos, políticos, etc. Outros se foram, como o escritor Carlos Cardeal. Com ele escutei histórias de solidariedade e outras de dar arrepio ocorridas naquele espaço que ficava nas proximidades do Liceu do Ceará e do Corpo de Bombeiros, Rua Liberato Barroso, 1344. Incitei Carlos Cardeal colocar aquelas lembranças no papel. O mesmo me disse que nem que usasse pseudônimos para todos, ia perder a amizade de muitos. Quando cheguei na idade de fazer o segundo grau, no ano de 1979, um amigo de meu pai lhe desaconselhou a enviar-me para a Casa dos Estudantes de Camocim, face à minha idade.
Carlos Cardeal. Um dos moradores do NEC. |
Mas, sem dúvida, manter a casa era uma tarefa hercúlea, pois, somente na base da solidariedade de alguns empresários e políticos, aquele núcleo estudantil era mantido. No documento mostrado acima, temos um recibo assinado pela diretoria da entidade, onde a Prefeitura Municipal de Camocim repassou a importância de CR$ 300, 00 (trezentos cruzeiros) referentes aos meses de março, abril e maio de 1973, dinheiro este recebido apenas no mês de agosto daquele ano.
Benedito Gomes Coutinho e José Miclésio da Silva eram presidente e 2º tesoureiro, respectivamente. João Pascoal de Melo (in memoriam) era o Prefeito.
É preciso que alguém que morou no NEC, um dica conte esta história num livro de memórias, tarefo que delego ao cronista Avelar Santos
domingo, 16 de setembro de 2018
EMILIA CORREIA LIMA, MISS BRASIL 1955. CAMOCINENSE DE CORAÇÃO. VIII SET/4
Emília Correia Lima. Miss Brasil, 1955. Foto: Capa da Revista Manchete, 1955. |
Ontem, 15 de setembro, por ocasião da I Feijoada Literária da Academia Camocinense de Artes e Letras (ACCAL), tive o prazer em ver de perto a Miss Brasil 1955, Emilia Correia Lima (foto). Embora tenha nascido em Sobral, ela é camocinense de coração. Isso se comprova pelo apreço que a mesma tem à nossa terra, a ponto de ser uma das fundadoras do grupo Idosos Vaidosos que, anualmente, visitam nossa cidade para curtir as nossas belezas naturais, visitar familiares e fazer novas amizades. O evento já tem mais de vinte anos e já faz parte de nosso calendário cultural a visita desses jovens de espírito e de mente e ontem abrilhantaram a feijoada literária. Na oportunidade o grupo foi homenageado pela ACCAL, com um cordel de autoria de Joab Nascimento, em nome da MISS Brasil Emilia Correia Lima.
Alguns destaques sobre sua carreira de miss:
Foi uma das semifinalistas do Miss Universo 1955. Emília era professora e foi eleita Miss Ceará representando o Clube Maguari.
Emília Correia Lima ficou entre as 15 semifinalistas do concurso Miss Universo, realizado em Long Beach, Estados Unidos, no ano em que a vitoriosa foi a sueca Hillevi Rombin.
Emília Correia Lima casou em 1956, com o oficial do exército e engenheiro paraibano Wilson Santa Cruz Caldas. Teve três filhos: Nélson, Marília e Emilinha. Quando foi viver no Rio de Janeiro, Emília construiu duas creches em duas comunidades cariocas: ”Andorinha”, na Restinga, e ”Pequena Obra do Presépio”, no Cantagalo, zona sul do Rio de Janeiro, entre os bairros de Ipanema e Copacabana.
Ainda falaremos de Emilia Correia Lima...
Ainda falaremos de Emilia Correia Lima...
Fonte: wikipedia
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
MINHAS MEMÓRIAS DO 7 DE SETEMBRO DE CAMOCIM. VIII SET/3
Desfile de 7 de Setembro. Camocim. Anos 1970. Fonte: Arquivo ISJ. |
Todo dia 7 de Setembro as memórias dos antigos desfiles são reavivadas. As minhas começam pela alvorada de foguetes e dobrados irradiados pelas bocarras do Sonoros Pinto Martins. O verde e amarelo tomava conta do trecho da Rua 24 de Maio, entre as ruas Independência e Alcindo Rocha, onde era montado o palanque das autoridades. Cordas separavam o público dos desfilantes que empunhavam bandeirolas de papel, miniaturas da Bandeira do Brasil. Os desfiles escolares traziam quadros da história do Brasil, principalmente os relacionados à escravidão, aspectos regionais da cultura brasileira e, quase sempre, alguém erguendo uma espada, interpretando D. Pedro I.
Já falei aqui das rivalidades entre as escolas que disputavam o título de primeiro lugar no desfile. Escola João Ramos x Instituto São José. Centro Social Urbano x SESI. O resultado era assunto para uma semana inteira, embora todos já soubessem o vencedor: o Colégio das Irmãs, pelo poder aquisitivo dos pais de seus alunos, mostravam mais pompa e circunstância que fascinavam os jurados - alguns, pais de alunos que desfilavam pela referida escola.
No entanto, parece-me, que o que mais importava não era o prêmio. Havia um quê, senão de patriotismo, posto que não entendíamos (nós, alunos) muito bem o sentido cívico daquela festa, uma certa reverência aos símbolos pátrios.
Para coroar o desfile, as apresentações das representações militares na cidade - Marinha do Brasil, Tiro de Guerra 10001 e Polícia Militar, com a tradicional salva de tiros de bala de festim que, embora esperada, assustava muita gente. Qual a sua memória destes tempos?
Como se dizia antigamente: SALVE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL!
quinta-feira, 6 de setembro de 2018
A ASSOCIAÇÃO UFANA DE CAMOCIM. VIII SET/2
Escola UFANA. Camocim-CE. 2012. Foto: Google. Inc. |
Esta postagem tem origem numa pergunta feita por um leitor do blog. Professor, o que significa UFANA? Eu tinha uma vaga ideia, mas não sabia o significado correto daquela sigla que é associado ao local da foto, onde, antigamente existiu uma escola. O prédio mostrado na foto está muito deteriorado e, em torno dela, hoje existem, a Escola em Tempo Integral Coronel Libório Gomes da Silva, um Posto de Saúde, que leva o nome do meu pai Augusto Pereira dos Santos e a recentemente inaugurada Creche Juninho. Existe até uma proposta de transformar este antigo prédio num outro equipamento educacional, uma biblioteca, talvez.
Recibo. UFANA. Abril de 1971. Fonte: Arquivo Prefeitura Municipal de Camocim. |
Mas, o que significa mesmo UFANA? Recorro a um registro do ano de 1971 para responder a pergunta do internauta. Trata-se da União Feminina de Assistência à Natalidade e ao Ancião (UFANA). No documento, a Prefeitura de Camocim paga à entidade, o valor de Cr$ 1.261, 52 (Hum Mil, duzentos e sessenta e um cruzeiros e cinquenta e dois centavos), no dia 29 de abril daquele ano, "referente as despesas gerais, oriundas de um banquete, patrocinado por esta Edilidade, em homenagem ao Exmo. Snr. Governador do Estado, por ocasião de sua visita oficial a esta cidade, ocorrida no último dia 25 do corrente mês, com sua brilhante comitiva".
Na época,a presidente da UFANA era a Sra. Francisca Araújo Trévia. Por outro lado, nas próximas postagens, divulgaremos quem mais ganhou algum dinheiro da Prefeitura relacionada à visita do então governador do Ceará, Cesár Cals.
terça-feira, 4 de setembro de 2018
AS PROFESSORAS E A MARINHA DO BRASIL EM CAMOCIM. VIII SET/1
Relação de professoras de Camocim. 1970. Arquivo: Prefeitura Municipal. |
O documento acima revela no mínimo 34 personagens de nossa história. O prefeito Setembrino Veras. O Agente da Capitania dos Portos, o 1º Tenente Francisco Gomes Spinosa. O ano era 1970, ano em que o Brasil sagrou-se Tricampeão Mundial de Futebol no México. O valor do recibo foi de Cr$ 837,00 (oitocentos e trinta e sete cruzeiros novos). As pessoas beneficiadas com esse valor foram 32 professoras. Dentre outras informações, a nota de empenho acima mostrada, trata-se da FOLHA DE GRATIFICAÇÃO das Professoras do Curso de Alfabetização de Adultos, que funcionou no Centro Social da Capitania dos Portos de Camocim. Tal curso foi fruto de um convênio celebrado entre a Cruzada ABECÊ, Prefeitura Municipal e Capitania dos Portos.
Este documento chamou-me a atenção por vários motivos. Primeiro, alcancei ainda meu pai estudando neste curso, trazendo para casa seus exercícios, numas folhas de papel branco, grosso, ainda cheirando a álcool, mimeografados. Foi a única escola regular que ele frequentou no período noturno e que lhe rendeu um certificado de conclusão.
Por outro lado, na relação das professoras e, observe-se o domínio total delas nesse campo educacional, muitas delas foram aproveitadas no serviço público do estado do Ceará. Se você olhar bem o documento verá, com certeza que alguma delas foi sua professora. Identifiquei, por exemplo, a professora Francisca Maciel, minha professora de Estudos Sociais, outra virou até nome de escola do município, como a professora Izaura da Cunha Freire. E você identificou a sua? Comente.
VIII SETEMBRO CAMOCIM
Capela da Tatajuba. Camocim-CE. Foto: Denilson Siqueira |
Amigos
leitores, mais uma vez empreendemos mais um SETEMBRO CAMOCIM. Durante este mês,
nossa intenção é que possamos postar um maior número possível de matérias,
relativas à nossa história, trazendo novos aspectos para nossa história, revelando novos documentos e revisitando velhos fatos. Neste ano, teremos algumas novidades que iremos mostrar ao longo do VIII SETEMBRO CAMOCIM, ano do 139º aniversário de nossa emancipação política. Desde já, nossos agradecimentos aos colaboradores do blog na cessão de documentos e fotografias. Bons acessos, leituras e comentários.