sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

IDEIAS PARA A CULTURA DE CAMOCIM - PROGRAMA EDITORIAL CARLOS CARDEAL

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Carlos Cardeal - Foto: http://desvedandocardial.blogspot.com.br

No Brasil, apesar do franco desenvolvimento da indústria editorial, ainda temos uma grande defasagem com relação à formação de público leitor, assim como de uma distribuição mais equitativa de bibliotecas e livrarias entre as regiões. Programas editoriais ligados à esfera pública e iniciativa privada são iniciativas que poderiam resolver este problema. Por outro lado, são poucas as prefeituras e mesmo estados no Brasil que possuem programas editoriais com efetiva regularidade. A ideia é que a Prefeitura Municipal de Camocim viabilize um programa editorial permanente, aproveitando o potencial literário da população camocinense, representado por escritores, poetas e historiadores locais, ligados ou não à entidades literárias como ACCAL – Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras ou do Grêmio Literário Prof. Ivan Pereira de Carvalho. Por outro lado, lei específica para este projeto já foi criada com a denominação de PROGRAMA EDITORIAL CARLOS CARDEAL1, bastando ser retomada, aperfeiçoada ou mesmo ampliada. Desta forma, anualmente, através de edital específico poderia se estabelecer a publicação de 02 ou 03 livros de autores camocinenses nas áreas de literatura (romance, conto, poesia) e história local, com premiação ou não para os vencedores. A própria publicação da obra já seria um prêmio, que seria distribuída e trabalhada na rede pública de ensino municipal. Recursos para projetos dessa natureza podem ser captados tanto em Leis e Editais específicos de incentivo do Governo do Estado e Governo Federal. No entanto, face aos custos de uma ação como essa, em relação a eventos realizados nas áreas da cultura e da educação, o próprio orçamento da Secretaria de Cultura ou mesmo da Educação, poderiam perfeitamente cobrir estes investimentos na criação de um pólo cultural na área. Sem dúvida, com a adoção deste projeto Camocim entraria para o circuito cultural do Estado. Projetos deste tipo, do nosso conhecimento no Ceará, só existem nas cidades de Fortaleza e Sobral. Isso criaria um polo literário e historiográfico que redundaria em visibilidade cultural e atrairia outros eventos como feiras, seminários, dentre outros.

1 Pensada por nós, foi proposto na Câmara Municipal de Camocim pelo vereador Kléber Trévia, aprovado por unanimidade e sancionado pelo prefeito anterior. Contudo, na dotação orçamentária para o referido projeto, o mesmo prefeito vetou a dotação proposta pelo vereador Kléber Trévia. A Câmara manteve o veto prefeitural.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

IDEIAS PARA A CULTURA DE CAMOCIM - MUSEU

Prédio do Sr. Artur Queirós - Foto:Arquivo do blog.

Escolhida a Secretária de Cultura de Camocim resta agora tratar de traçar uma política pública para a cultura e não simplesmente uma promotoria de eventos. Não queremos dizer que não seja importante a retomada de eventos, inclusive criados na então gestão da ex-prefeita Ana Maria Veras, agora guindada ao posto de gestora da cultura camocinense, mas, uma adoção de política pública e duradoura para aproveitamento do potencial cultural do povo camocinense, se faz necessária com urgência. Em post anterior falamos da criação do CFLC - Centro de Formação Livre de Camocim aproveitando um prédio em ruínas para tal (o que já seria uma política de preservação patrimonial), agora  nos detemos sobre o antigo prédio do Sr. Artur Queirós e seu acervo compulsado ao longo da vida. Uma política de preservação poderia tombar o prédio o patrimônio histórico do município, assim como o grande acervo deixado por nosso maior guardião da memória e da História de Camocim. Há incentivos federais para desenvolvimentos de projetos em cidades pequenas para fundação de museus e cinemas. Portanto, o Prédio do Sr. Artur Queirós poderia se tornar um Museu, um memorial em seu nome, uma sala de cinema nos altos, enfim, promover uma revitalização do espaço referido. Com certeza, onde estiver ele agradeceria a iniciativa. Fica a dica! 
Segue abaixo a descrição do prédio na forma como foi adquirido:

INVENTÁRIOS – 1971-1973. 2º. Cartório. CAIXA 1.
Processo Nº: 1145/72. Fl: 33
“Um PRÉDIO assobadrado, constituídos de pedras, tijolo e cimento e cal, coberto de telhas, sistema Marselha, com tres portas de frente para o Nascente e tres ditas pelo Poente, à Rua da Praia e Dr. Privat, antiga Estação, edificado em terreno próprio medindo seis metros e trinta e cinco centímetros de frente para cada Rua; e um TERRENO contíguo, murado, pelo lado do Norte, com trinta palmas de frente, próprio, para as Ruas da Praia e Estação, hoje Dr. Privat, tendo nesta cidade, confinando pelo lado Sul, com um prédio de J. Adonias & Cia, hoje pertencente a José Terceiro Fontenele, e pelo lado Norte, com um terreno dos herdeiros de Tobias Navarro Leitão; os quais imóveis ora vendidos medem de extensão pelos lados, quarenta metros e cincoenta centímetros, devidamente registrados.

NOME DO ADQUIRENTE:
Fernando Cela, brasileiro, casado, bancário, residente nesta cidade.
NOMES DOS TRANSMITENTES:
O Banco do Brasil S/A com sede no Rio de Janeiro, por sua Agencia nesta cidade de Camocim.
TÍTULO:
Compra e Venda
FORMA DO TÍTULO:
Escritura pública nas Notas do 1° Cartório desta cidade, em data de 19 de dezembro de 1934.
VALOR DO CONTRATO:
– Cr$ 18.000,00 (dezoito mil cruzeiros).
CONDIÇÕES DO CONTRATO:
– Não houve.

Fonte: Fórum Dr. Alcimor Aguiar. Camocim-CE.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

IDEIAS PARA A CULTURA DE CAMOCIM - CASA DE CULTURA

Antigo prédio da Companhia de Força e Luz de Camocim. Foto: Antonio  Carlos P. dos Santos

Nas primeiras décadas do século passado era desse prédio (foto acima) que se gerava a iluminação pública da cidade. Fruto da iniciativa da Família Cela oriunda de Sobral, os motores a diesel funcionavam até as dez horas da noite, quando a escuridão voltava a reinar. Abandonada desde que a eletricidade de Paulo Afonso chegou à Camocim (1969) a velha "Usina" como era conhecida por todos da época, nunca mais iluminou nada. Uma mancha de óleo na calçada por muito tempo lembrou o que fora antes. A sigla da empresa encimada no frontão do prédio pode ainda provocar a curiosidade do que significa as letras CFLC. Sacio esta procura: Companhia de Força e Luz de Camocim. Como o tempo passou e ninguém ousou dar um outro destino ao velho prédio, sugiro que a velha "Usina" seja transformada numa fábrica de talentos para os jovens camocinenses. O poder público poderia adquirir o prédio e instalar um CFLC-Centro de Formação Livre de Camocim, para aproveitarmos a sigla. Seria uma espécie de Casa de Cultura onde se pudesse oferecer oportunidades diversas de formação para a nossa juventude. Fica a dica!