Enseada dos Barcos. Camocim-CE. 2013. Foto: Vando Arcanjo. |
Comecei
a me perguntar sobre o porquê de nossa cidade não ter o seu dia. Não, não estou
falando do 29 de setembro que é o
dia do município. Muitos lugares comemoram
esses dias distintamente, como por exemplo, a cidade de Fortaleza, a nossa capital. Poderíamos,
portanto, comemorar o dia 17 de agosto,
afinal de contas, o então distrito da Barra
do Camocim foi elevado à categoria de cidade quase dez anos depois de ter
se tornado município pela Lei Nº 2.162,
de 17 de agosto de 1899, ano no qual, aliás, foi proclamada a República no Brasil.
Nestes
115 anos de cidade temos uma história que nos é peculiar, feita por seus habitantes e
quem chega nela, afinal de contas, a cidade nada mais é o que nós somos
individual e coletivamente. Camocim,
portanto, já foi apelidada de “Pequena Moscou”, “Cidade Heroica”, “Moscouzinha”
e “Cidade Vermelha” pela imprensa comunista dos anos 1940, denominações estas que
evocam um passado denunciador de uma intensa atividade política dos
trabalhadores no porto e na ferrovia.
Se temos um belo hino que começa
assim:“Verdes mares bravios do norte/A lutar nesse
eterno fragor,/Como vós nosso povo é tão forte,/Tão feroz, pertinaz,
lutador.” (Trecho
do Hino de Camocim. Letra e música: Prof.
Francisco Valmir Rocha), poderíamos ter a canção da cidade, algo do tipo: Camocim,/ Claro céu cristal/ Coqueiros
cacheados/ Cajueiros copados... (Camocim-Ceará: Música: Raimundo Arnaldo). Mas também poderíamos fazer um concurso para escolher tal canção.
Enfim, fica a sugestão para termos mais uma data para o
calendário turístico e uma oportunidade de mostrarmos nosso potencial cultural,
como o que aconteceu no último sábado com a "Feira Pote de Saberes".