sábado, 28 de julho de 2018

LUGARES DO PASSADO, LEMBRANÇAS DO PRESENTE. (LIVRO 1)

Capa do livro "Lugares do Passado... Lembranças do Presente. Camocim-CE. 2005. Fonte: Arquivo do blog.


Vamos contar a história deste livro? Em 2005 iniciava-se em Camocim uma nova administração municipal. Para nós da cultura, o preterimento do poeta R.B. Sotero na referida pasta, tinha sido um baque, posto que seu nome estava confirmado até a véspera da posse do novo prefeito. Passados alguns meses, numa conversa de bar, o artista plástico Eglauber Lima, então Secretário Adjunto de Cultura, sinalizou-me com uma proposta de publicação. No dia seguinte, surgiu a ideia, baseada nos escritos publicados no jornal "O Literário", editado pelo Grêmio Literário Prof. Ivan Pereira de Carvalho. Dado ciência aos autores a serem escolhidos, organizei a obra que, ao final, ficou em 70 páginas, destacando a proposta da publicação: recuperar para a história, lugares do passado camocinense, agora lembrados no presente, na pena de seus escritores.
Deste modo, 16 textos e crônicas vieram à lume, trazendo não somente os aspectos nostálgicos que cada um dos autores trouxe à tona, mas, informações interessantes para o entendimento de nossa história. Vejamos:
Prefácio: "O Literário" - Breve história. Leopoldina Santos.
1. Camocim - uma cidade sem passado? Algumas questões pertinentes. Carlos Augusto P. dos Santos.
2. Cemitério Velho - Inácio Santos.
3. Último Trem - Avelar Santos.
4. Sport Club - Artur Queirós.
5. Rua da Gaveta - Inácio Santos.
6. A Fonte Luminosa - Inácio Santos.
7. A Pedra - Inácio Santos.
8. Notas sobre o Colégio Estadual  Padre Anchieta - Carlos Augusto P. dos Santos.
9. A Praça do Amor - Raimundo Bento Sotero.
10. O Vinte e Cinco - Inácio Santos.
11. Jogo da Memória - Carlos Augusto P. dos Santos.
12. Rua Engenheiro Privat - Avelar Santos.
13. Rua Engenheiro Privat - Parte II - Avelar Santos.
14. Notas para a história de Camocim - Carlos Augusto P. dos Santos.
15. As duas faces de Camocim - Francisco Valmir Rocha.
16. A Casa do Saber - Avelar Santos.

Em setembro de 2015 realizamos o lançamento da obra que teve o patrocínio da Prefeitura Municipal de Camocim, durante o Salão de Artes daquele ano, no prédio que funcionou antigamente a FAMOL. Feitos os discursos, a obra foi distribuída aos presentes e enviada para as escolas do município.


sexta-feira, 27 de julho de 2018

CAMOCIM - NOSSOS LIVROS, NOSSA HISTÓRIA.

Capas da nossa produção sobre Camocim. Foto: Arquivo do Blog



Motivado pela data do dia do escritor, 25 de julho, postamos em nossa página pessoal do facebook, foto de nossas publicações que tratam da história de Camocim, ao longo de treze anos. Como disse na referida postagem: 
"Após uma década de magistério na UVA, remoendo minha paixão por minha aldeia, incutindo nos alunos, às inoculando o vírus "Khansim, camucinensis Augustus", comecei por espalhar aqui e ali os frutos dessa caminhada, solitária e parceira, com outras pessoas também acometidos do mesmo vício"
Deste modo, atendendo a pedidos, apresentaremos  resumidamente, em postagens posteriores, cada uma destas obras, afinal de contas, os livros, sua leitura, edição, circulação e recepção, também tem sua história. Aguardem.

sábado, 21 de julho de 2018

O COCO DE PRAIA DE CAMOCIM

Coco de Praia de Camocim. 1986. Foto: Acervo da Casa da Memória Equatorial.

Nos idos da década de 1980, o Coco de Praia de Camocim era dançado principalmente por pegadores de caranguejo, salineiros e estivadores. Na época, o SESI – Serviço Social da Indústria atuava em Camocim e apoiava vários grupos folclóricos, juntamente com a Prefeitura Municipal. A Sra. Margarida Vieira, ex-agente do SESI em Camocim, nos contou em 2007, sobre a existência do grupo do Coco de Praia:
Foi em 1986 que o SESI com o propósito de resgatar a cultura em Camocim criou um grupo de homens (...) para formar a ‘Dança do Coco’. O grupo era composto de 16 homens, pois teríamos 2 para tocar os caixões e 2 para os ganzás e o restante na roda. Os emboladores também tocavam os ganzás. A vestimenta era de algodãozinho tingido da casca do mangue ou do cajueiro para ficar uma cor marrom. Utilizavam também chapéu de palha e dançavam descalços”.

Podemos perceber na fala da depoente a relação direta da Dança do Coco em Camocim com os trabalhadores, guardiães da tradição oral dessa dança, procurando na sua execução se utilizar de elementos muito próximos a sua realidade, desde aos instrumentos à vestimenta tingida com tintas de árvores da flora local. Contudo, a grande maioria deste grupo já faleceu, não passando para as gerações atuais o folguedo, além de não existir atualmente uma política pública de incentivo de práticas culturais deste tipo.

Novo grupo do Coco de Praia de Camocim. 2018. Foto: Eduardo Souza

Felizmente, agora a Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras (ACCAL), vem recuperando esta tradição através do Mestre Luís Jovino, que também restabeleceu o Bumba Meu Boi Brilha Noite, realizando apresentações em Camocim e cidades vizinhas. Com relação ao Coco de Praia, o mesmo se apresentará proximamente no evento Povos do Mar em Caucaia. Tendo à frente do restabelecimento do grupo o artista plástico Eduardo Souza, o mesmo pede um apoio em forma de patrocínio dos mais diversos setores da comunidade camocinense, no sentido de preservar nossa cultura popular.




Fonte: Entrevista com a Sra. Margarida Vieira, professora, 06 de outubro de 2007. Camocim-CE.
Foto: Acervo da Casa da Memória Equatorial.
Foto: Eduardo Souza