Requiescat in pace!
Foto: literario.com.br
Collect 27 Brazilian flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 89 Russian flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 16 Spanish flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 15 Chilean flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 47 Japanese flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 20 Italian flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Collect 16 German flags here after an instant upgrade to Flag Counter Pro! | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
ALBUQUERQUE & CIA., foi fundada na cidade de Camocim, no ano de 1888, por membros da tradicional família Sabóya de Albuquerque da cidade de Sobral-CE. Entre eles: José Sabóya de Albuquerque, Massilon Sabóya de Albuquerque, Ernesto Marinho de Albuquerque Andrade e Vicente Sabóya de Albuquerque, com o objetivo dos ramos de: Comissões, Consignações, Representações, Agência de Vapores e mais negócios, sendo sua sede no prédio pertencente à família e localizado à Praça Epitácio Pessoa, nº 1, esquina da Rua da Praia, que depois passou a chamar-se Praça 15 de novembro com nº 2, localização conhecida como Praça da Estação, tendo durado até 31 de dezembro de 1930.
No dia 28 de outubro de 1931, Vicente Sabóya de Albuquerque por seu Procurador o Dr. José Sabóya de Albuquerque e o Sr. Eurípides Ramos Fontenelle, resolveram unirem-se em sociedade e reerguerem a Firma ALBUQUERQUE & CIA, que estava com suas atividades suspensas e com a mesma finalidade inicial. Contrato social da mesma data e registrado pela Junta Comercial do Estado do Ceara em data de 04 de fevereiro de 1932 sob nº 3037. Assinam como testemunhas no documento o Dr. Raimundo Cela e Sr. José Trevia
Nos anos 1940, e 1941, ALBUQUERQUE & CIA, passou por varias modificações em sua estrutura acionaria , sendo admitido como sócio o Senhor Ernesto Marinho de Albuquerque Andrade, Oswaldo Gonçalves Campos (que passou a adotar o sobrenome - Albuquerque, bem como retirou-se o sócio Vicente Sabóya de Albuquerque tudo de acordo com os aditivos de contrato nos 3504 e 4682 devidamente registrados na JCEC.
Em 1943, pelo aditivo nº 3555, é feito um destrato parcial da mesma, quando se retiram os sócios: Eurípedes Ramos Fontenelle e Ernesto Marinho de Albuquerque Andrade, permanecendo o sócio Oswaldo Gonçalves Albuquerque Campos e é admitido como novo sócio o Senhor José Gomes Parente.
O aditivo nº 10.680 de 22 de novembro de 1949, admite como sócia a Srta. Maria Lúcia Barreto Parente.
Pelo aditivo nº 12.041 de 12 de agosto de 1952 retiram-se da firma, os sócios José Gomes Parente e Maria Lucia Barreto Parente e é admitida como sócia a Senhora Maria Assunção Rodrigues Campos. Em 10 de junho de 1955, pelo aditivo nº 13. 840, é admitido como sócio o senhor Osmundo Rodrigues Campos
Em 07 de abril de 1965, o aditivo nº 26.758, registrado na JCEC aumenta o capital da firma Albuquerque & Cia., para Cr$ 3.300.000,00 (Três milhões e trezentos mil cruzeiros)
A firma ALBUQUERQUE & CIA, encerrou suas atividades em 31 de dezembro de 1969, porém somente em 31 de dezembro de 1971, foi oficializada a sua baixa no Cadastro Geral de Contribuintes, conforme Certidão nº 120/77 de 28 de junho de 1977, passada pelo Posto da Receita Federal de Camocim-CE.
Espero ter contribuído para esclarecer sobre a polêmica ALBUQUERQUE & CIA,.
Enviarei ao proprietário do blog foto onde se vê parte do prédio onde funcionava a firma e claramente a placa com o nome da mesma. Esta Placa que é de cobre encontra-se em poder de nossa família. Também enviarei um impresso que comprova o endereço.
Osmundo Campos
POPULAÇÃO DE CAMOCIM
ANOS | 1920 | 1940 | 1950 | |
SEDE | 11.198 | 13.321 | 13.235 | |
DISTRITOS | 5.873 | 14.320 | 20.923 | |
TOTAIS | 17.271 | 27.641 | 34.158 |
Fonte: IBGE. Tabela construída a partir dos censos de 1920,1940 e 1950.
Contudo, há que se relativizar estes números, mesmo se sabendo que a demografia seja um dos aspectos importantes para se detectar as transformações da cidade e sua estrutura populacional. O número total de habitantes de 1920, 17.271 habitantes, dava a Camocim apenas a 28ª posição no ranking dos municípios cearenses, naquele ano. Granja, município do qual Camocim havia sido desmembrado, tinha 27.962 e ocupava a 6ª posição. Sobral, o centro da região norte, apresentava 39.033 habitantes e era a segunda cidade mais populosa do Estado. Aracati, outra cidade portuária que atraía levas de migrantes, era a 7ª colocada com 27.558, e Fortaleza, a capital, contabilizava 78.536 habitantes, detendo, é claro, o primeiro lugar. [1] Mesmo apresentando um número total de 34.158 habitantes no ano de 1950, há que se considerar que a população da sede do município, onde as atividades comerciais e industriais eram mais intensas, pouco se alterou entre 1920 e 1950. Mesmo no intervalo de 1940 para 1950, há um decréscimo de 86 almas, o que nos leva a crer que realmente é a partir da década de 1950 que a eficácia das atividades porto-ferroviárias começou a entrar em declínio.
Já me reportei algumas vezes sobre a maneira às vezes descuidada e interesseira como se nomeiam ruas e logradouros em Camocim. Diante da provocação sobre quem teria sido e o que tinha feito um tal Senador Jaguaribe por Camocim, fui aos arquivos. De antemão, esclareço que não tenho nada contra quem nomeia ou quem é homenageado. Só não concordo com o avivamento da memória de alguém em detrimento de outra. Confesso que não tinha maiores informações sobre o aludido personagem, porém, com um pouco de persistência e sorte na pesquisa, encontrei alguns dados sobre o referido senador que talvez sensibilizaram os legisladores camocinenses de então para homenageá-lo. Domingos José Nogueira Jaguaribe nasceu em Aracati em 14/9/1820 e faleceu em 5/6/1890. Detentor do título de Visconde de Jaguaribe formou-se em Direito, exercendo a magistratura como juiz de direito em Inhamuns, Crato e Sobral (nesta cidade também foi promotor, além de Fortaleza). Foi Ministro de Estado da Guerra, Chefe de Polícia do Ceará e atuou como desembargador do Tribunal da Relação de Pernambuco e Rio de Janeiro. Exerceu ainda o cargo de Procurador Fiscal da Tesouraria Provincial e Presidente da Assembléia Legislativa Provincial do Ceará.
Bastante eclético, o Senador Jaguaribe, além da magistratura, exerceu profissionalmente o magistério, a advocacia, o jornalismo, o serviço público e teve mais de uma dezena de obras publicadas. Na política foi deputado provincial de 1850 a 1851, deputado geral de 1853 a 1870 (cinco mandatos) e senador de 1870 a 1889. Mas, o leitor pode perguntar: o que tem a ver o currículo do polivalente senador com Camocim. Acreditamos que a ligação está relacionada com a Estrada de Ferro de Sobral. É que nos intensos debates no parlamento nacional sobre as soluções para minorar as agruras da seca de 1877, o senador defendeu os interesses dos comerciantes cearenses que queriam ver implantados aqui “sistemas alternativos de transportes de víveres e nos benefícios do prolongamento da ferrovia cearense para se debelar os prejuízos”. (CÃNDIDO, 2005, p.49). Efetivamente, além do prolongamento da Estrada de Ferro de Baturité, foi autorizada pelo mesmo decreto (Nº 6.918 de 1º de junho de 1878) a construção da Estrada de Ferro de Sobral, no Ceará e a de Paulo Afonso, ligando o médio e baixo rio São Francisco. (CÃNDIDO, 2005, P.57). Como podemos observar, a homenagem ao Senador Jaguaribe não era assim tão descontextualizada e inadequada com relação à nossa história, pois os homens são filhos do seu tempo.
Foto: Arquivo do Blog