terça-feira, 30 de abril de 2019

EM MEMÓRIA DO AVIADOR PINTO MARTINS

Proposta de capa do livro "Pinto Martins. Um voo na memória e na história do aviador camocinense".
Fonte: Carlos Augusto P. dos Santos.


Hoje, 30 de abril encerram-se as comemorações em memória do aviador camocinense Pinto Martins. Escolas do município através dos seus alunos e professores apresentarão a culminância das várias atividades pensadas e programadas pelas secretarias de cultura e educação do município, na Escola de Tempo Integral Coronel Libório.
Estas comemorações já se tornaram tradicionais em nosso município. Neste ano, bem que poderíamos ter uma obra paradidática para abrilhantar um pouco mais o evento. Dispusemos para o poder público o livro, de minha autoria e do Prof. Paulo José, intitulado, "Pinto Martins. Um voo na memória e na história do aviador camocinense".   
Nossa intenção era que o referido livro fosse impresso e lançado por ocasião dessas comemorações de 2019. Não sabemos e nem nos foi dito os motivos da não publicação, ou se a burocracia da licitação não se fez em tempo hábil.
Contudo, esperamos que a obra ainda possa ser publicada este ano, pois seria mais um presente para a nossa história, que neste ano completa 140 anos. 
Ficamos no aguardo!

sexta-feira, 19 de abril de 2019

TODO DIA É DE ÍNDIO.

Índios Tremembés. 2014. Foto: Felipe Abud. Fonte: Facebook. Sec. Cultura do Estado do Ceará.


Dia de índio deveria ser todos os dias. Todos os dias, todas as luas, toda a terra que veio a se constituir um dia a nação brasileira já foram deles. Hoje, reduziu-se a um dia para dizer que eles existem. Eles que já foram guindados a símbolo da nacionalidade lá no nascimento da nação sob o jugo imperial, hoje, para eles o presidente e o ministro convocam a "Força Nacional" para ficar de prontidão, caso eles empunhem suas flechas contra o concreto de Niemeyer moldado por mãos caboclas na mistura candanga que ergueu Brasília. 
Seus territórios, com todas as suas significações e sentidos, antes tudo, hoje, espaços demarcados, outros em luta para ter seu reconhecimento legalizado, estão em vias de sofrer fortes reveses pela política devastadora do governo atual.
Embora que as pesquisas sobre os índios no Ceará ainda sejam poucas, as mesmas revelam a forte presença deles em nossa região, se aliando e resistindo à colonização europeia e suas táticas de tornar invisível sua presença no território, sejam pelos massacres da "guerra justa", ou pela força do decreto provincial de 1861.
Na próxima postagem, falaremos do índio AMANAY que foi símbolo desse modo de resistir ao homem branco, que com sua descendência, oriundos da capitania do Rio Grande, habitaram as praias do Rio Camocim entre os séculos XVI e XVII e se espalharam pelas terras da capitania do Siará Grande.



segunda-feira, 15 de abril de 2019

PINTO MARTINS. O ANIVERSARIANTE DO DIA

Inauguração do busto de Pinto Martins. Camocim-CE. 1979. Da esquerda para a direita. Edilson Veras Coelho (Prefeito); Nenem Lúcio (Vice-prefeito); Paulo Liustosa (Dep. Federal); Busto de Pinto Martins; Fonseca Coelho (Dep. Estadual). Fonte: Camocim Online.

Em setembro de 1979 era erguido com pompa e circunstância o busto do aviador camocinense Euclides Pinto Martins, por ocasião do I Centenário de Camocim. Hoje, quarenta anos depois, a figura e o feito de Pinto Martins ainda rende homenagens, polêmicas e projetos. Hoje, certamente, alunos das escolas públicas e particulares farão redações e desenhos sobre o voo pioneiro de 1822-23 que ligou pioneiristicamente New York-Rio de Janeiro. Perto de completar cem anos da aventura, um grupo ligado à aviação vem projetando realizar o mesmo périplo que Pinto Martins e seus colegas americanos realizaram há cem anos atrás.
Por outro lado, leio uma interessante proposta do IFCE- Campus Camocim em potencializar essa história de Pinto Martins na criação de cursos técnicos de aviação, abrindo perspectivas de emprego e renda, tendo o aeroporto Pinto Martins como unidade de apoio, além de trazer para Camocim os restos mortais do aviador como uma espécie de capital simbólico, futuro local turístico de visitação
De meu turno, acrescentaria ao lado técnico da proposta, que se abrisse condições de se incrementar a pesquisa histórica sobre a vida e obra de Pinto Martins e a sua publicação.
Próximo dia 30 de abril estarei lançando uma publicação organizada por mim e escrita por meus alunos do Curso de História da UVA, onde se destacam fatos do Ceará Republicano referentes aos seus municípios de origem. Neste livro, escrevo um pouco sobre o voo pioneiro de Pinto Martins, que adianto um pouco para os leitores do blog:

A modernidade que vem do ar. O pioneirismo de Pinto
Martins
“As palavras mais repetidas na primeira metade do século XX foram ciência, progresso e modernidade. O desenvolvimento foi espetacular. Transportes, eletrificação e indústrias químicas transformavam a sociedade. [...] Novidades chegavam pelo ar”, assinala a historiadora Mary Del Priore. Camocim entra na história com a iniciativa do aviador Euclides Pinto Martins, nascido nesta cidade em 15 de abril de 1892, e o experiente piloto americano Walter Hinton em realizar um voo entre Nova Iorque e Rio de Janeiro em 1922, no sentido de fazer parte das comemorações do Primeiro Centenário da Independência. O voo partiu de Nova Iorque em 17 de agosto de 1922 e foi muito atribulado, com várias panes e troca de hidroavião, passagem por Camocim e outras cidades, chegando ao Rio de Janeiro somente em 08 de fevereiro de 1923. Contudo, ficava inaugurada a rota aérea Brasil-Estados Unidos. O feito do aviador camocinense e de seus colegas americanos foi bastante divulgado pela imprensa da época.