Flutuante da Panair. Rio Coreaú. Camocim. Arquivo Vando Arcanjo. Fonte: BRAGA, José H. Almeida. Salto sobre o lago. Fortaleza, Premius, 2017. p.93.
As imagens do módulo flutuante do Píer Marcus Tavares deslizando vagarosamente sobre o Rio Coreaú recentemente, motivou postagens na internet que foram desde o deboche, passando pelo bom humor, até à exploração maldosa, sensacionalista e politiqueira que, infelizmente, grassa nas mentes flutuantes de alguns doentes irrecuperáveis da nossa bela Camocim. Para efeito jornalístico, informo que em menos de 24 horas o tal módulo foi novamente acoplado ao píer.
No entanto, a imagem em questão me motivou a falar sobre outro flutuante - o da Panair do Brasil, que era fundeado no meio do Rio Coreaú, à altura da Praia dos Coqueiros. Era o nosso pequeno hidroporto que fazia parte de uma série de aeródromos construídos por esta empresa que explorava a aviação de cabotagem do litoral brasileiro.
Como nos diz José Henrique de Almeida Braga em seu livro Salto sobre o lago: "Lá, os hidroaviões ficavam ancorados enquanto eram limpos e reabastecidos, limpos e a despensa provisionada para a próxima viagem" (p.93).
Posteriormente, a Panair construiu na orla do Rio Coreaú um píer e várias outras construções de apoio aos voos internacionais que aqui passavam e que já foram abordados em postagens anteriores. Mas, voltaremos ao assunto.
Fonte: BRAGA, José H. Almeida. Salto sobre o lago. e a guerra chegou ao Ceara. Fortaleza, Premius, 2017. p.93.
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