Fonte Luminosa de Camocim. Foto: Domínio Público.
Quem tem mais de cinquenta anos em Camocim ainda pode ver e se encantar com a Fonte Luminosa de Camocim, localizada defronte à nossa Estação Ferroviária. Cronistas e poetas camocinenses, como Avelar Santos e Inácio Santos já descreveram e contaram sobre a beleza que era esse lugar, espécie de oásis à beira mar com seus jogos de água e luz, além de um mini zoológico com aves e pequenas tartarugas. Mas, como sou historiador e não tenho o dom da escrita como a dos colegas acima mencionados, vou em busca das minúcias em documentos contábeis: a alimentação destes animais era uma ração à base de milho e arroz em casca.
Para isso, entre os meses de janeiro a abril de 1970, a Prefeitura Municipal de Camocim pagou ao comerciante José Guilherme de Sousa a importância de Cr$ 25,00 (vinte e cinco cruzeiros), quantia esta só recebida em agosto do mesmo ano. No mesmo mês, por ter vigiado no período noturno a Fonte Luminosa, entre os dias 16 e 22, o Sr. Antonio Maximiano de Sousa recebeu CR$ 28,00 (vinte e oito cruzeiros). Terá sido o nosso amigo Paparuá (que tem o nome igual ao do recibo correspondente) que fez este serviço a Cr$ 4,00 (quatro cruzeiros) a noite? O Prefeito da época era Setembrino Veras.
O certo é que a Fonte Luminosa ao final dos anos 1970 foi desativada na gestão do prefeito José Maria Primo de Carvalho. Espera-se a conclusão de um monumento na entrada da cidade que lembrará o estilo "fonte", mas isso é uma outra história.
Fonte: Recibos. 1970. Arquivo da Prefeitura Municipal de Camocim
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