Em postagens anteriores já nos referimos sobre os antigos desfiles de 7 de setembro. Essas, portanto, são reminiscências para quem tem mais de 40 anos. O Dia da Pátria começava cedinho com uma alvorada ao som de hinos e dobrados tocados pelo Sonoros Pinto Martins. Aliás, era entre as ruas Alcindo Rocha e Independência que o palanque das autoridades ficava, quase em frente da Biblioteca Municipal Pinto Martins, na rua 24 de Maio. Cordas de náilon atadas nos postes faziam o cordão de isolamento. O verde e amarelo predominava nas bandeirolas, bandeirinhas distribuídas para a população que se acotovelava para ver a Parada de Sete de Setembro. Nas escolas, antes de sair para o desfile era feita a revista dos pelotões. De todos os cantos da cidade o som dos tambores chegavam desencontrados, mas que, por ironia, provocavam um fundo musical característico. Aqui e acolá troava um som de corneta. As autoridades se aboletavam no pequeno palanque ornado de verde e amarelo, ele mesmo pintado dessa cor esperando o desfile das escolas e das representações do Exército, que era o Tiro de Guerra, da Marinha, quase sempre nos seus jipes e da gloriosa Polícia Militar que encerrava o desfile ao som de sua banda e de tiros para o alto que invariavelmente provocava alguns gritos de espanto da multidão.
Contudo, no que se refere ao desfile estudantil, a atenção maior era para a competição estimulada pela Prefeitura Municipal. Neste sentido, se esmeravam para ganhar o prêmio, o Instituto São José, com representações de quadros da história nacional em carros abertos, o SESI (Serviço Social da Indústria) e o CSU (Centro Social Urbanos) com seus pelotões representativos de modalidades esportivas e projetos desenvolvidos nestas instituições.
Muito deste aparato cívico foi-se com o tempo! O desfile hodierno é mais uma formalidade, com outros símbolos e sentidos, mesmo porque, que Independência devemos comemorar?
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