Em setembro de 1979 era erguido com pompa e circunstância o busto do aviador camocinense Euclides Pinto Martins, por ocasião do I Centenário de Camocim. Hoje, quarenta anos depois, a figura e o feito de Pinto Martins ainda rende homenagens, polêmicas e projetos. Hoje, certamente, alunos das escolas públicas e particulares farão redações e desenhos sobre o voo pioneiro de 1822-23 que ligou pioneiristicamente New York-Rio de Janeiro. Perto de completar cem anos da aventura, um grupo ligado à aviação vem projetando realizar o mesmo périplo que Pinto Martins e seus colegas americanos realizaram há cem anos atrás.
Por outro lado, leio uma interessante proposta do IFCE- Campus Camocim em potencializar essa história de Pinto Martins na criação de cursos técnicos de aviação, abrindo perspectivas de emprego e renda, tendo o aeroporto Pinto Martins como unidade de apoio, além de trazer para Camocim os restos mortais do aviador como uma espécie de capital simbólico, futuro local turístico de visitação
De meu turno, acrescentaria ao lado técnico da proposta, que se abrisse condições de se incrementar a pesquisa histórica sobre a vida e obra de Pinto Martins e a sua publicação.
Próximo dia 30 de abril estarei lançando uma publicação organizada por mim e escrita por meus alunos do Curso de História da UVA, onde se destacam fatos do Ceará Republicano referentes aos seus municípios de origem. Neste livro, escrevo um pouco sobre o voo pioneiro de Pinto Martins, que adianto um pouco para os leitores do blog:
A modernidade que vem do ar. O pioneirismo de Pinto
Martins
“As palavras mais repetidas na primeira metade do século XX foram ciência, progresso e modernidade. O desenvolvimento foi espetacular. Transportes, eletrificação e indústrias químicas transformavam a sociedade. [...] Novidades chegavam pelo ar”, assinala a historiadora Mary Del Priore. Camocim entra na história com a iniciativa do aviador Euclides Pinto Martins, nascido nesta cidade em 15 de abril de 1892, e o experiente piloto americano Walter Hinton em realizar um voo entre Nova Iorque e Rio de Janeiro em 1922, no sentido de fazer parte das comemorações do Primeiro Centenário da Independência. O voo partiu de Nova Iorque em 17 de agosto de 1922 e foi muito atribulado, com várias panes e troca de hidroavião, passagem por Camocim e outras cidades, chegando ao Rio de Janeiro somente em 08 de fevereiro de 1923. Contudo, ficava inaugurada a rota aérea Brasil-Estados Unidos. O feito do aviador camocinense e de seus colegas americanos foi bastante divulgado pela imprensa da época.
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