sexta-feira, 19 de abril de 2019

TODO DIA É DE ÍNDIO.

Índios Tremembés. 2014. Foto: Felipe Abud. Fonte: Facebook. Sec. Cultura do Estado do Ceará.


Dia de índio deveria ser todos os dias. Todos os dias, todas as luas, toda a terra que veio a se constituir um dia a nação brasileira já foram deles. Hoje, reduziu-se a um dia para dizer que eles existem. Eles que já foram guindados a símbolo da nacionalidade lá no nascimento da nação sob o jugo imperial, hoje, para eles o presidente e o ministro convocam a "Força Nacional" para ficar de prontidão, caso eles empunhem suas flechas contra o concreto de Niemeyer moldado por mãos caboclas na mistura candanga que ergueu Brasília. 
Seus territórios, com todas as suas significações e sentidos, antes tudo, hoje, espaços demarcados, outros em luta para ter seu reconhecimento legalizado, estão em vias de sofrer fortes reveses pela política devastadora do governo atual.
Embora que as pesquisas sobre os índios no Ceará ainda sejam poucas, as mesmas revelam a forte presença deles em nossa região, se aliando e resistindo à colonização europeia e suas táticas de tornar invisível sua presença no território, sejam pelos massacres da "guerra justa", ou pela força do decreto provincial de 1861.
Na próxima postagem, falaremos do índio AMANAY que foi símbolo desse modo de resistir ao homem branco, que com sua descendência, oriundos da capitania do Rio Grande, habitaram as praias do Rio Camocim entre os séculos XVI e XVII e se espalharam pelas terras da capitania do Siará Grande.



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