Atividades do Grupo Marighela. Distrito Federal e Goiás. SNI. Fonte: Arquivo Nacional |
Na recente saída do ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro do Governo, o mesmo alegou que o Presidente da República queria interferir nas ações da Polícia Federal. Em sua justificativa, alegou a autonomia da PF dizendo que a mesma não era a ABIN - Agência Brasileira de Informações, onde o Chefe do Executivo pode receber relatórios de suas atividades.
Pois bem, a ABIN é a versão atual do que foi o Serviço Nacional de Informações - SNI, criado no período da ditadura civil-militar de 1964. Todo governo tem sua agência de informações e, como tal, funciona como um aparato do Estado. No entanto, a Polícia Federal é polícia judiciária e atua nas investigações dos crimes, inclusive os do Presidente da República, se for o caso, portanto, estes órgãos tem funcionalidades diferentes.
Neste sentido, mostro como exemplo, uma investigação feita pelo antigo SNI, que resulta em elaboração de relatórios e que são remetidos aos órgãos competentes e para o próprio Presidente, para tomarem as providências devidas.
O ano era 1969 e a repressão à luta armada estava no auge, fundamentada nos preceitos do AI-5. O SNI investigou as relações na capital federal de militantes com o que chamou de "Grupo Marighela" e suas atividades no Distrito Federal e Goiás. É um relatório de 54 páginas onde são relacionados integrantes e colaboradores deste grupo.
Agora já disponibilizados para consulta pública, vamos encontrar um camocinense envolvido nesta investigação. Trata-se de WEIMER LIMA LEMOS, nascido em Camocim em 05 de janeiro de 1943, filho de José Oliveira Lima e Julita Lima Lemos. Ele era escriturário e residia na SQS 115. Acampamento da CCA.
No documento não aparece mais detalhes do nosso conterrâneo, talvez por ter sido listado como simples colaborador das atividades do grupo investigado.
Amigos Camocinenses, vocês tem a linda narração ao entrar no ar e ao término dos Serviços de Alto-falante Sonoros Pinto Martins.
ResponderExcluirSe tiverem em áudio por escrito, ponhão no próximo. Para matar a saudade. Um abraço.
Amigo Carlos Augusto, como eu faço para trocar umas ideias com você?
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