Quem passa pelo centro comercial da cidade de Camocim, na rua 24 de Maio, entre Alcindo Rocha e Independência, notará um patrimônio preservado. Trata-se da residência do Sr. Hamilton Rocha (in memorian). Outrora, afora o Mercado Público, todo seu entorno era residencial. Atualmente é o contrário, a casa em questão é uma das poucas que não sucumbiram ao processo de transformação do centro comercial de Camocim e sobrevive praticamente com as mesmas linhas arquitetônicas de quando foi construída.
Aqui mesmo no blog, já publicamos uma fotografia em que aparece uma parte desta casa, datada do ano de 1912, portanto, há mais de um século.
Neste sentido, louvamos a atitude da matriarca da família, Teresinha Araújo Rocha, que mantém viva um exemplo arquitetônico que faz referência ao século passado da nossa cidade.
Mas, o motivo principal dessa postagem é no sentido de promover uma discussão sobre patrimônio e sua preservação, face às constantes demolições de imóveis antigos em nossa cidade, especialmente no centro da cidade. Sabemos que a história é um processo de transformações e este movimento se não for de alguma forma discutido e/ou regulamentado, acabaremos por deitar por terra as mais longínquas referências de nossa história.
Deste modo, o que poderia ser preservado só pode ser feito de duas formas: ou os proprietários tem consciência desta importância patrimonial e preservam as características de seus imóveis através do tempo; ou o poder público cria uma política de preservação e tombamento dos seus bens materiais e imateriais. A base legal desta última possibilidade se encontra no Plano Diretor do município. Mas, precisa-se de vontade política para regulamentar a questão.
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