Por mais de uma vez, cultivava o estranho hábito de ir à Igreja Matriz de Bom Jesus dos Navegantes só para conferir o esquecimento desta instituição àquele que devotou toda sua vida. Pois bem, nos dias 31 de julho e 13 de dezembro (quando coincidia ter missa nesses dias) lá estava eu torcendo que alguém fizesse uma menção ao nascimento ou à morte de Monsenhor Inácio Nogueira Magalhães, este filho de Granja que tomou Camocim como berço. Ano passado, apesar dos esforços do amigo Francisco Olivar (Vavá), o centenário de nascimento do velho sacerdote passou em brancas nuvens. Ele tencionava publicar uma obra sobre a vida do Monsenhor, mas, não encontrou guarida. A homenagem ficou apenas no blog Camocim Online. No último dia 13 de dezembro não pude ir à Camocim conferir o esquecimento ou a lembrança do pároco que dedicou mais de 40 anos ao rebanho católico de Camocim. Aqui registro a lembrança no momento em que leio um trabalho sobre Maçonaria em Ubajara da historiadora Adelena Soares Sousa e o nome dele está grafado como primeiro vigário daquele município serrano. Abaixo, pequenos traços biográficos da postagem do dia 31 de julho de 2010 publicada no Camocim Online:
Monsenhor Inácio na benção de inauguração do antigo BEC. |
Monsenhor Inácio nasceu no dia 31 de julho de 1910, em Granja. Filho de José Silvestre Magalhães e Etelvina Nogueira Magalhães, Ingressou no Seminário Menor de sobral no dia 08/02/1924. Cursou a seguir, o Seminário Maior em Fortaleza-ce, e recebeu a ordenação sacerdotal das mãos de D. José Tupinambá da Frota, no dia 13/12/1933. Em 1934, exerceu o magistério no Seminário de Sobral. No período de 1935 a 1939 , trabalhou como vigário de Ubajara, de onde se transferiu para Camocim, assumindo a Paróquia de Bom Jesus dos Navegantes. Iria completar 50 anos defendendo o ministério no dia 13/12/1982, quando, após uma crise mais aguda foi transportado para Fortaleza-CE e morreu no hospital de Itapajé.
Foto: Camocim Online.
Foto: Camocim Online.
Como diz o Paulinho: "os camocinenses o mataram duas vezes"
ResponderExcluiraliás, acabo de conseguir um oratorio que pertenceu as irmãs capuchinhas, muito lindo, uma legitima preciosidade. quero doá-lo pro museu, consegui já com essa intençaõ. não sei se devo fazer isso agora, pois ainda não vejo estrutura, nem corpo no museu.
Muito bem Fábio, já disse isso prá muita gente aí, não adianta ter-se apenas a ideia sem a estrutura. Antes d tudo é preciso que criemos essa estrutura - física e administativa, além da concepção museológica que irá ter o museu (histórico, religioso, etc.). Sem isso, as pessoas dificilmente vão dispor de sus objetos carregados de lembranças par um lugar que não existe. Já me coloquei à disposição para ajudar nessa construção que deve envolver não apenas os amantes da história, mas também, o poder público. E, a depender deste poder atual, dificilmente sairemos dos planos das ideias.
ResponderExcluirJusta homenagem você faz a Monsenhor Inácio, responsável pelo meu batismo e casamento algumas décadas atrás na matriz de Bom Jesus dos navegantes. Santo homem que segundo dizem era um excelente professor de geografia ( de costas sabia todos os pontos do mapa ). Um abraço prof. Carlos Augusto.
ResponderExcluirObrigado pela visita, Grafando. Fdeliz 2012...
ResponderExcluirCreio que um bom espaço para o museu seria o prédio da antiga Estação Ferroviária.
ResponderExcluirFco. Souza