Invariavelmente, Francisco Olivar, nosso amigo Vavá, aparece em nossas postagens por sua relação de amor à cidade de Camocim, à cultura e os livros. Hoje vamos destacá-lo como alguém que teria inspirado o poeta Castro Alves se tivesse vivido à sua época, quando cunhou estes versos: "Oh! Bendito o que semeia / Livros... Livros à mão cheia...". Quem o conhece sabe que ele respira livros. Não somente como um especialista na venda, mas, como alguém que semeia livros por onde passa. De tanto agir desta maneira, nosso conterrâneo é uma figura conhecidíssima nos meios intelectuais do Rio de Janeiro e se tornou um dos maiores estudiosos no Brasil sobre Monteiro Lobato. Pois bem, de tanto viver seu cotidiano com os livros e seus leitores, Vavá se tornou verbete de alentada obra recém lançada intitulada "História das Livrarias Cariocas" (Edusp, 2012) de Ubiratan Machado, que pretende contar a história do Rio de Janeiro por suas livrarias. Destaca o autor sobre Francisco Olivar:
Francisco Olivar (Vavá). Fonte: "História das Livrarias Cariocas", p.388. |
"A pequena Rua Bittencourt da Silva, diante da boca de entrada da estação Carioca do metrô, torna-se um ponto de venda de livros, espalhados no chão ou em banquetas. Mais tarde, são montados pequenos estandes. O vendedor mais solicitado é o cearense Francisco Olivar, ex-gerente da Entrelivros, simpático, inteligente e bom conversador. Interessa-se pelo livro não apenas como mercadoria, mas como fonte de conhecimento e prazer espiritual. Apaixonado por Monteiro Lobato, cuja vida e obra conhece bem. Talvez por influência do espírito do escritor paulista, escreveu um pequeno livro de literatura infantil, Risadinha. (p.387).
Nosso reconhecimento ao camocinense que faz história longe de sua terra.
Esse é merecedor de todas as homenagens.
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