Praia do Pantanal. Camocim. 2019. Foto: Carlos Augusto P. Santos. |
Ressaltar as belezas, a história e a cultura do nosso povo no dia hoje é quase pleonasmo. Como historiador, busco sempre aquilo que pouco sabemos, para lembrar daquilo que quase todos esquecemos. Daí a tarefa dupla do pesquisador de história: recuperar o que está meio obscuro e não deixar cair no esquecimento nossas referências identitárias.
Neste sentido, mais importante do que saber o que significa a palavra CAMOCIM, é compreender como se deu o povoamento de nosso território pelos vários povos nativos e como aqui chegou o negro escravizado. Mais do que saber quais foram as primeiras famílias a se instalarem no município e como fincaram suas bases de poder, é entender como seu deu a dinâmica desse poder através dos tempos.
Historiograficamente falando temos um grande caminho a percorrer. O porto e a ferrovia não bastam para explicar o que foi Camocim no final do século XIX e primeiras décadas do século XX, quando despontávamos como um dos municípios mais prósperos do Ceará. A "Cidade Vermelha" da militância comunista não contempla o seu oposto - a atuação dos integralistas e os movimentos de direita que existiram por aqui. Pinto Martins é um ícone que não ofusca os milhares de atores comuns que deixaram suas marcas na história que precisam ser recuperadas, para que a história fique mais próximas de nós!
De qualquer modo, a data de hoje serve para que voltemos mais nossas atenções para a história do município, entendendo a importância que cada habitante tem para a construção permanente e atualizada da identidade de ser camocinense. Parabéns CAMOCIM.
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