terça-feira, 22 de setembro de 2020

OS TELÉGRAFOS. (X SETEMBRO CAMOCIM. 2020. Nº 3).

 

Notícia de inauguração dos telégrafos em Camocim.
Fonte: A Razão. Fortaleza. edição 68, 30 de maio de 1929.


Com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre a questão da greve nos Correios e Telégrafos, mais uma greve na estatal parece estar por terminar, com um ganho de míseros 2,6% de reajuste salarial. As conversas nos bastidores do governo atual tendem para a privatização de um dos serviços mais antigos do país e de uma empresa que já foi a referência de credibilidades dos brasileiros.
No entanto, nem sempre correios e telégrafos foram serviços que funcionaram juntos. Muitas vezes, tinha-se um e inexistia o outro. Em Camocim, os correios já funcionavam pelas linhas de navegação e pela Estrada de Ferro de Sobral (EFS), desde o final do século XIX. Posteriormente, os aviões do Correio Aéreo Nacional (CAN) faziam uma parada em Camocim. O telégrafo, por sua vez, era um serviço atrelado ao funcionamento da estrada de ferro.
Como repartição federal conjunta (Correios e Telégrafos) em nossa cidade, somente no final da década de 1920 é que a estação telegráfica foi inaugurada, conforme notícia veiculada no jornal A Razão, edição de 30 de maio de 1929 (ver recorte de jornal acima). Portanto, este serviço em Camocim, completou 90 anos.
Em 1932, o chamado "governo revolucionário" de Vargas inaugurou o prédio definitivo que ainda hoje abriga a sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) em Camocim,  que em breve pode ser adquirido por gigantes do comércio varejista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário