segunda-feira, 4 de julho de 2011

CAMOCIM AINDA TEM - O QUE SE VER,O QUE SE OUVIR...

Das indas e vindas que a condição de morador temporário em Sobral me proporciona, a última foi a melhor que já tive. Explico o porquê: primeiro porque a chegada à Camocim na última sexta-feira, 01 de julho foi antecipada com a visita à Casa da Memória em Tianguá, o Memorial Clóvis Beviláqua em Viçosa e o Instituto José Xavier em Granja. Com meu grupo de alunos do Programa de Educação Tutorial - PET, do Curso de História da UVA, visitamos esses lugares, privados e públicos, que de forma diversa, trabalham para a preservação da história desses lugares. Infelizmente, meu semblante já mudara quando chegamos em Camocim.O que mostrar em nossa cidade semelhante ao que já víamos nas outras cidades? Num átimo pensei: se não temos espaços de memória circunstanciados,organizados,vou mostrar o nosso jeito espontâneo de ser. Comecei pelo Grijalba, onde lhes apresentei o "Mudo" garçom, recebendo a cerveja do caminhão para o final de semana e nos atendendo solícito. À noite, a moçada se rendeu aos pratos do Ponto 10 do Chef Ênio. Na volta para casa, encontramos o poeta Sotero no calçadão, embalando sua filha diante do Rio da Cruz. Apresentei o nosso poeta e ele nos brindou com declamações de sua melhor poesia. No sábado, de passagem pelo Mercado, posamos e colaboramos com a caixinha do cantor excepcional que anima as manhãs daquele espaço com grunhidos e criatividade que só os excepcionais são capazes. Mostrei-lhes o que resta do passado áureo denunciador do tempo do porto e da ferrovia, e de quebra, ainda vimos o Mauro Viana, pintando em seu ateliê. Tomamos um barco e fomos à Ilha do Amor saborear a muqueca de arraia, especialidade da amiga Valdete.Na volta, encontro e conheço Nagibe Melo, (desculpa as anedotas sem graça!) parente do Mauro Viana e leitor desse blog, que me dá uma notícia maravilhosa: a volta do Boi do Juriti. Ele presenciou a apresentação na casa do Júnior Bijouterias. Almoçamos novamentee no Ênio e lá encontro o Dr. Raimundo Silva, baluarte da Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras. Para ele, peço notícias de Olivar e lhe informo que participei de banca de monografia sobre o "Terra e Mar" de Carlos Cardeal. Voltei revigorado e,apesar dos alunos terem atestado o descaso para com a limpeza e o zelo para com a cidade, ainda temos o que mostrar.

P.S: Ainda fomos conferir o blogueiro Tadeu Nogueira em "atividade", mas, parece que o homem tava prás bandas do Piauí...


Foto: camocimdopovo.blogspot.com.





3 comentários:

  1. professor gostei muito de sua iniciativa, mas queria sua ajuda e parceria como o meu blog, http://pesquisecamocim.blogspot.com sei que voce é um grande historiador da cidade, e conto com sua ajuda nessa empreitada...

    E-mail: elivelton-araujo@hotmail.com
    Fone: (88) 9403-4275

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  2. Prof. Carlos Augusto foi uma grande satisfação ter conhecido meu colega de profissão e blogeiro preocupado com o resgate histórico de nossa Camocim.Percebi principalmente pelas "anedotas sem graça!" que você é um "camarada" simpático e extrovertido.
    Na realidade sou tio do artista plástico Mauro Viana esse grande artista patrimônio do povo camocinense.E quanto ao Boi do Juriti muito me alegrou ter reencontrado com essa manifestação folclórica mantida a anos.Quando criança tive oportunidade de ver o boi dançando no "terreiro" de várias casas de familias,as danças e músicas entoadas pelos brincantes não sairam de minha mente apesar dos anos e me emocionei ao ouvilas novamente.O responsável pelo boi não é mais o Juriti é o Sr.Luiz do bairro da Brasilia próximo a mercearia do Ka Ka.Ressalto aqui a determinação do Sr. Luiz de se preocupar em repassar às novas gerações essa importante manifestação cultural nordestina.Um abraço!

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  3. Professor Carlos, confesso que não imaginava o quão pitoresca fosse Camucim... cidade de personalidades, espaços de memórias, recordações extra-citadinas e de arquitetura exuberante...

    Confesso que fiquei tocado pela Cidade e espero voltar mais vezes, no entanto, creio que ela só tenha se revelado desta forma por conta do guia que tivemos... ver uma cidade do angulo turístico é diferente de ver do angulo histórico... falo isso por termos passado por ruas pouco visitadas e desembelezadas, mas que guardava em si diversas histórias e lembranças esquecidas...Isso sem falar das pessoas de personalidades singulares espalhadas pelas ruelas da cidade... uma cidade que se abre a poucos...

    Até mais ver professor...

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