Hoje amanheci, não sei porque, lembrando do extinto Cine João Veras, talvez por já ter escrito algo sobre os antigos cinemas de Camocim, equipamento de cultura e diversão hoje inexistente em nossa cidade. Busquei nos arquivos e deparei-me com Projeto de Lei do Vereador Francisco Veras Fontenelle que “Autoriza o Prefeito a construir um prédio destinado ao funcionamento de um cinema e teatro nesta cidade. Justificado o Projeto que tomou o Nº 17/51 foi o mesmo enviado ao exame e parecer das Comissões de “Legislação, Educação e Cultura” e “Finanças e Administração”(3º LIVRO DE ATAS DAS SESSÕES ORDINÁRIAS. 1951 - 1957. 11ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Camocim, no segundo período da Sessão Legislativa de 1951 – 03 de Outubro de 1951. (p.13v).
Prossigo na pesquisa e fico me perguntando porque nossos gestores não levam a cabo o incentivo da lei criada no último Governo Lula de incentivo à implantação de salas nos municípios periféricos do Brasil. Para arrematar, a informação de que um conterrâneo nosso brilhou na sétima arte, fazendo história no cinema nacional, por trás das câmeras, sendo continuísta, atuando na montagem de mais de 60 títulos em toda sua carreira. Trata-se de Raimundo Higino, que nasceu em Camocim em 1935. Confira seus principais trabalhos:
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Iniciou sua carreira como continuísta em Tudo azul (1952), de Moacyr Fenelon.
Durante uma década, exerceu as funções de assistente de direção e diretor de produção em dezenas de filmes.
Assinou pela primeira vez uma montagem com Os fuzis (1964), de Ruy Guerra.
Montou mais de sessenta filmes, entre os quais Todas as mulheres do mundo, Os paqueras, A psicose do Laurindo, Ainda agarro esta vizinha, A dama do lotação, Dona Flor e seus dois maridos e Inocência.
Foto Raimundo Higino: filmeb.com.br.
Foto Cine João Veras: camocimonline.com
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