As descrições sobre a região de Camocim são mais antigas do que pensamos, mesmo porque, a tese do "descobrimento" que lega aos portugueses a primazia do pioneirismo de aqui ter aportado primeiro, há muito já foi derrubada. Neste sentido, a descrição do Rio Coreaú, outrora chamado Rio da Cruz, dentre outros nomes já ressaltados aqui, é o acidente geográfico que figura nos mapas anteriores a 1500. Varnhagen, um dos primeiros historiadores brasileiros a sistematizar uma "História do Brasil, recorre a cronistas para falar da Capitania do Ceará. Vejamos: “Afirma o gentio que nasce este rio de uma lagoa, ou de junto dela, onde também se criam pérolas e chama -se este rio da Cruz, porque se metem nele perto do mar dois riachos em direito um do outro, com que fica a água em Cruz.” – Gabriel Soares, Tratado descritivo, 23. – O nome do rio da Cruz (rio donde se halló uma crus) já se encontra no mapa de Juan de la Cosa; é o atual Camocim, como afirma Pimentel em 1712. –(C.). O pouco que sabemos a respeito da capitania de João de Barros e seus sócios, condensou Capistrano de Abreu nos prolegômenos à História do Brasil de Fr. Vicente do Salvador, págs. 78 e 79".
Ora, o mapa de Juan de la Cosa (foto) a que se refere Varnhagen é "de 1500 pintado em pergaminho, 93 cm de altura por 183 de largura, que é preservado no Museu Naval de Madrid. Uma inscrição diz que foi feito pelo marinheiro Juan de la Cosa, em 1500, em Puerto de Santa María (Cádiz). A sua decoração rica indica que ele provavelmente foi encomendado por um membro poderoso da corte de Fernando e Isabel.O mapa é a representação inequívoca das Américas mais antigos preservados;nele são as terras descobertas até o final do século XV expedição castelhano, Português e Inglês nos Estados Unidos. Ela também mostra muito do Velho Mundo, no típico estilo das paradas porto medieval, incluindo a notícia da chegada recente de Vasco de Gama para a Índia em 1498.
A carta de Cosa é o único preservado do trabalho cartográfico realizado por testemunhas oculares para as primeiras viagens de Cristóvão Colombo às Índias".
Fonte:
1. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História Geral do Brasil. CDPB. p.115.
2. www. alerce.pntic.mec.es
1. VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História Geral do Brasil. CDPB. p.115.
2. www. alerce.pntic.mec.es
Foto: alerce.pntic.mec.es
Uma relíquia!
ResponderExcluirCaro Roberto, como é fascinente este campo da história. Cada dia nos surpreendemos. Pergunto-lhe se gostou do novo layout do blog.
ResponderExcluirAmigo Carlos, você saberia onde foi parar esse monumento do pote da foto de fundo do blog?
ResponderExcluirAbraço e parabéns pelo blog que por sinal é excelente.
Caro Marcio, foi simnplesmente destruído para a construção do tal Centro de Animação Turística, donde só restou o tal "Museu do Pescador". A placa, no entanto, foi resgatada dum ferro velho pelo Roberto Pires, que doou para a Academia. Hoje, est placa está na sede da Acaddemia na Casa dos Engenheiros!
ResponderExcluirAmigo Carlos obrigado pela resposta.
ResponderExcluirAproveito o espaço para dizer que nossos políticos querem perpetuar na nossa sociedade "inculta" a falta de identidade. Taí a prova do descaso.
Enquanto a maioria da cidade erigem monumentos que denotam sua história com seus símbolos aqui em Camocim é o contrário. Já pensou!