sexta-feira, 20 de setembro de 2013

III SC - 12 . MINISTRO NEGA ISENÇÃO PARA FÁBRICA DE ALGODÃO EM CAMOCIM

Jornal "O GLOBO".

As primeiras décadas do século XX foram de alguma prosperidade para o Ceará na atividade cotonicultora. Com efeito, esse "boom" algodoeiro propiciou a fortuna de muita gente e possibilitou a inserção cearense na indústria têxtil. Por este tempo a Fábrica de Tecidos Ernesto Deocleciano em Sobral produzia tecidos para exportação e o Porto de Camocim tinha um posto de classificação da fibra que foi chamada de "ouro branco". Por outro lado, a exploração de qualquer atividade empresarial sempre esteve ligada à regulamentação do Estado, seja ele próprio isentando impostos no sentido de promover setores produtores, ou das empresas atrás de benesses para aumentar seus lucros. Não sabemos em quais destes aspectos se inseriu o que passamos a relatar, mas, o certo é que a Empresa de Algodão Limitada de  Camocim tentou a isenção dos impostos de uma "prensa hydraulica de algodão" junto ao Ministério da Fazenda, através da Federação de Associações Comerciaes (grafia da época)Na nota no jornal "O Globo" do Rio de Janeiro de 04 de dezembro de 1929(foto), o Ministro nega o pleito ao 1º Secretário da referida federação, alegando "falta de apoio legal" para tal pedido. À época, a Empresa de Algodão Limitada era "consignada à S. A. White Martins, de Recife". Neste sentido podemos perceber na pequena nota as relações comerciais de Camocim com Pernambuco além da relação íntima do comércio camocinense, representada pela Associação Comercial local e sua representação nacional junto à Federação das Associações Comerciais, no Rio de Janeiro.

Fonte:Jornal "O GLOBO". Anno V. Nº 1577. 14. 04/12/1929. Edição das 19 horas.

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