sexta-feira, 25 de novembro de 2016

PARLAMENTARES DE CAMOCIM IV - MURILO ROCHA AGUIAR

Fonte: Deputados Estaduais: 16ª legislatura, 1963-1966. Fortaleza: INESP, 2006. p.161.


Quando Murilo Rocha Aguiar tomou assento na Assembleia Constituinte de 1947 já era o terceiro político do clã dos Aguiar a ter uma cadeira naquela casa legislativa. Na Legislatura de 1947, seu sogro, o Coronel Antonio de Carvalho Rocha (Tonico Rocha), pai de sua esposa Maria Stela Rocha Aguiar, também era deputado constituinte. Murilo Aguiar foi o segundo filho do casal Vicente de Paula Aguiar e Iracema Rocha Aguiar e quando nasceu em Camocim, havia quatro meses que tinha irrompido a Primeira Guerra Mundial. No seu percurso de estudos, realizou os estudos primários em Camocim. Depois estudou em Fortaleza no Colégio Castelo Branco e, posteriormente ingressou no Seminário em Sobral onde continuou os estudos secundários, até 1928. 
Ainda muito jovem, "dedicou-se ao comércio, estabelecendo-se em 1931 em Reriutaba (antiga Santa Cruz), de onde se transferiu em 1932 para Camocim, ali constituindo a firma individual Murilo Aguiar, uma das mais importantes do norte do Estado, tornando-se, ao mesmo tempo, figura de prol da sociedade, no seio da qual desfruta de arraigadas simpatias e de todo o conceito".
Devido a sua desenvoltura exerceu vários cargos na comunidade camocinense como diretor da Associação dos Retalhistas, Presidente da Associação Comercial e do Banco Auxiliar Agrícola, Camocim Clube, dentre outros. Fundou a Voz de Camocim
Depois da experiência como deputado entre 1947-1950 onde foi membro da Comissão de Indústria e Comércio e Segundo Secretário em 1950, foi prefeito de Camocim entre 1954-1957.
Posteriormente retornou à Assembleia Legislativa como deputado eleito nas legislaturas de 1958, 1962, 1966 e 1982. Nesta última legislatura aconteceu o infausto que causou sua morte: 
Quando da renovação da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa em 1985, apresentaram-se à disputa dois candidatos: Murilo Aguiar e Castelo de Castro. O primeiro, apoiado pelo Governador do Estado, Gonzaga Mota, enquanto Castelo de Castro recebia o beneplácito da oposição e do Presidente da Casa, Aquiles Peres Mota. A previsão do resultado de empate favorecia o mais velho, no caso Murilo Aguiar. A votação decorreu em clima dos mais tumultuados na história do Legislativo Cearense. Quase no final da apuração, o Presidente concluiu pela anulação de um voto favorável a Murilo Aguiar, determinando a vitória de Castelo de Castro. Não suportando o impacto do resultado, viu-se acometido de infarto do miocárdio, falecendo logo após atendimento hospitalar. Como homenagem dos deputados, foi dado o seu nome ao Auditório da Assembleia Legislativa do Ceará. Como homenagem dos deputados, foi dado o seu nome ao Auditório da Assembleia Legislativa do Ceará. Murilo Aguiar faleceu, em Fortaleza, a 1° de março de 1985, antes de concluir seu mandato.

Trinta e um anos depois os jornais cearenses trazem os bastidores de mais uma disputa pela Presidência da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará que envolve um membro da Família Aguiar, desta vez, um dos netos de Murilo, Sérgio Aguiar (PDT), atual primeiro secretário que, com o atual presidente Zezinho Albuquerque, também do PDT, próxima quinta-feira, 01 de dezembro de 2016. Que tudo ocorra dentro da tradição 



Fontes:Deputados Estaduais: 16ª legislatura, 1963-1966. Fortaleza: INESP, 2006. p.161.
Jornal O Estado, 24/11/2016.




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