À medida que os aglomerados urbanos vão crescendo, os problemas e as demandas vão aumentando. A antiga vila quer ter foros de cidade, a cidade quer infraestrutura básica - a energia elétrica, a escola, o posto de saúde, o mercado público, a água encanada, dentre outros serviços. Quando me entendi no mundo descobri onde habitava: uma casinha no final da Rua General Tibúrcio, sentido praia-sertão, defronte do sítio do Seu Zé Guilherme, pai do Vavá. Ao lado dela um "munturo" (a carroça do lixo ainda não passava por lá), e o areal dominava a via pública dificultando o trânsito dos poucos carros de então. Hoje, a rua chama-se de General Tibúrcio Cavalcante, que não é o mesmo da denominação inicial, fato já denunciado por mim à Câmara Municipal, mas, ninguém fez nada. Posteriormente morei na Rua Riachuelo e 24 de Maio, e a areia continuava presente para atestar a incapacidade dos administradores ou a falta de verbas para pavimentar a cidade. É isso: a pavimentação é outro serviço que serve e servia como moeda de troca eleitoral. Votem em mim que eu faço o calçamento dessa rua. Este preâmbulo é para dizer que sempre haverão demandas numa cidade e que o administrador deve prestar atenção nelas, no sentido de bem aplicar os impostos pagos pelos cidadãos que moram na cidade. Desta forma, a primeira rua de Camocim a ser pavimentada com pedra tosca foi a atual Rua Dr. João Thomé, antes Rua do Comércio, o centro da cidade de então, proporcionado pelas atividades do porto e da ferrovia. A foto mostra o flagrante de crianças diante do cavalete disciplinador, brincando na rua, agora calçada, mas, delimintando fronteiras ("Não Passe!). Representa também a prova de que a adminstração da época estava trabalhando para melhor dotar a cidade dos serviços básicos.
Foto: arquivo do blog.
Foto: arquivo do blog.
Seu relato me fez lembrar do ano de 1966 quando ainda morava na rua Riachuelo.
ResponderExcluirO seu Zé Guilherme tinha uma bodega na esquina e logo após a bodega tinha a casa do seu "Sãoser" (era assim a pronúncia), cujos filhos posteriormente tornaram-se meus amigos, dado que por coincidência fomos vizinhos em Fortaleza durante algum tempo.
Minha casa ficava proxima de uma grande árvore, creio que era castanhola.
Velhos tempos...belos dias...
Fco. Souza
Fco.
ResponderExcluirTambem fui vizinho do Seu Zé Guilherme na Rua Riachuelo. A imagem que ficou na minha lembrança era o grande cacimbão no quintal da casa dele onde toda a vizinhança se abastecia d'água.