1881. Séc. XIX.
O Império se despede deixando o litoral do Ceará ligado ao sertão da pécuária. Camocim recebe a Estação com sua gare imponente e um parque de oficinas dos mais modernos para a época. Vagões são aqui construídos. As Oficinas se tornam além de ponto de apoio para a manutenção dos trens, uma escola de aprendizado de ofícios correlatos para os ferroviários e seus filhos.
1950. Séc. XX.
Primeira tentativa de se retirar os trens de Camocim. O parque de manobras e as oficinas dão os primeiros sinais de que seu fechamento era questão de tempo, face à precarização do transporte ferroviário no Brasil.
1977. Séc. XX.
As oficinas já não cumprem seu papel. O discurso do déficit do ramal Sobral-Camocim sela seu destino. Os galpões são depredados pela própria população e por vândalos. A Estação se torna um covil para a prostituição. Políticos lucram com votos prometendo a volta dos trens e dos anos dourados.
Final dos anos 1980.
A Estação é recuperada e tombada pelo patrimônio do Estado. Se transforma em Casa de Cultura, depois Campus Avançado da UVA e hoje Prefeitura. Mas, e o restante das edificações que compunha o parque ferroviário?
2002. Séc. XXI.
A reportagem do Jornal "O Povo" (foto ao lado) denuncia: "... um passeio por trás do prédio da Estação mostra outras marcas dos áureos tempos estão mal conservadas. A área aguarda um projeto de urbanização que (....) será financiado pelo Banco Mundial. Casarões do seculo XIX, fechados, foram residência de engenheiros e técnicos da estrada de ferro, Grandes galpões que foram casa de máquinas e oficinas para os vagões, hoje são abrigos para famílias carentes. Quase favelas, com residéncias improvisadas, separadas por papelão, plásticos e pedaços de tábua".
2011. Séc. XXI. Quase uma década depois da denúncia, o que mudou? Qual o projeto para a área? Quais as discussões com a população a respeito de sua preservação e novos usos? É uma espera quase interminável... Até quando?
Fonte: Jornal "O Povo". Fortaleza-CE, Domingo. 24 de fevereiro de 2002. Biblioteca Menezes Pimentel.
O Império se despede deixando o litoral do Ceará ligado ao sertão da pécuária. Camocim recebe a Estação com sua gare imponente e um parque de oficinas dos mais modernos para a época. Vagões são aqui construídos. As Oficinas se tornam além de ponto de apoio para a manutenção dos trens, uma escola de aprendizado de ofícios correlatos para os ferroviários e seus filhos.
1950. Séc. XX.
Primeira tentativa de se retirar os trens de Camocim. O parque de manobras e as oficinas dão os primeiros sinais de que seu fechamento era questão de tempo, face à precarização do transporte ferroviário no Brasil.
1977. Séc. XX.
As oficinas já não cumprem seu papel. O discurso do déficit do ramal Sobral-Camocim sela seu destino. Os galpões são depredados pela própria população e por vândalos. A Estação se torna um covil para a prostituição. Políticos lucram com votos prometendo a volta dos trens e dos anos dourados.
Final dos anos 1980.
A Estação é recuperada e tombada pelo patrimônio do Estado. Se transforma em Casa de Cultura, depois Campus Avançado da UVA e hoje Prefeitura. Mas, e o restante das edificações que compunha o parque ferroviário?
2002. Séc. XXI.
A reportagem do Jornal "O Povo" (foto ao lado) denuncia: "... um passeio por trás do prédio da Estação mostra outras marcas dos áureos tempos estão mal conservadas. A área aguarda um projeto de urbanização que (....) será financiado pelo Banco Mundial. Casarões do seculo XIX, fechados, foram residência de engenheiros e técnicos da estrada de ferro, Grandes galpões que foram casa de máquinas e oficinas para os vagões, hoje são abrigos para famílias carentes. Quase favelas, com residéncias improvisadas, separadas por papelão, plásticos e pedaços de tábua".
2011. Séc. XXI. Quase uma década depois da denúncia, o que mudou? Qual o projeto para a área? Quais as discussões com a população a respeito de sua preservação e novos usos? É uma espera quase interminável... Até quando?
Fonte: Jornal "O Povo". Fortaleza-CE, Domingo. 24 de fevereiro de 2002. Biblioteca Menezes Pimentel.
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