"Da glória ficou mesmo o nome em Fortaleza: Aeroporto Internacional Pinto Martins. Mas quem foi ele? Euclides Pinto Martins, nascido em 1892 na pequena cidade costeira do Ceará, Camocim. (...) ... aí, em 1922, concebeu a ideia do raid New York - Rio, celebrando o Centenário da Independência. (...) Brasil, afinal: Belém, São Luís e... Camocim, o berço do herói. (...) Afinal, em 8 de fevereiro de 1923, a chegada triunfal ao Rio, aviões da Marinha sobrevoando a Guanabara a receber os aeronautas, novas multidões delirantes. Recepção do Catete, dada pelo presidente Bernardes. Medalhas, prêmios, selos comemorativos. Mas a glória é breve. Cedo, aos poucos, Pinto Martins voltava ao anonimato... O Brasil não cultiva mesmo os seus heróis. (...) No Rio, deram o nome de Pinto Martins a um beco obscuro da Lapa".
Esses são trechos de uma crônica de Rachel de Queiroz no jornal "Estado de São Paulo" que recolho para marcar o "Dia de Pinto Martins", 15 de abril, efeméride criada em 2008 juntamente com uma comenda pela atual administração municipal. Já falei aqui da vontade de nosso amigo Francisco Olivar (Vavá) em intermediar junto à família de Pinto Martins a vinda dos restos mortais do nosso aviador que seriam encerrados em um memorial em Camocim, sem receber, contudo, a atenção devida da gestão municipal.
Em 2008 fui convidado a palestrar sobre a história de Pinto Martins e não sei se consegui falar de uma ideia publicada nos jornais da época, que era a criação de um Memorial a Pinto Martins. A ideia ficou no papel e, efetivamente, acabou por se oficializar a data de nascimento do aviador e a criação de uma comenda que homenageia personagens ilustres desde então.
Aproveito o blog para reavivar a ideia num momento em que praticamente não se levantou uma voz para denunciar o descaso ou o esquecimento do nome de Pinto Martins ao aeroporto récem inaugurado. Na época escrevi assim:
"Minha proposta é deveras simples e pode ser executada com recursos do IPTU. Trata-se de construir no perímetro da Praça Pinto Martins (já aproveitando a Estátua de Pinto Martins e o Avião) um memorial a céu aberto (como gostam os aviadores). Constará de 11 colunas distrubuídas por toda a praça. A cada coluna será afixada uma placa de acrílico (ou outro material) contendo a reprodução de uma obra de arte e um texto resumo de artistas e escritores locais sobre o VOO DE PINTO MARTINS. Sugiro desde logo os nomes. Para escrever a saga do voo, convidem: Raimundo Silva Cavalcante, Artur Queirós, Prof. Valmir Rocha, Cardeal, Sotero, Inácio Santos, Avelar, Roberto Pires, Fernando Veras, Marcos Galdino e Aradi Silva. Para pintar a saga do voo, convidem: Totõe, Mauro Viana, Eglauber, Kadal, Francisco Carlos, Eduardo, Catarina, Batista Senna e mais três revelações do último salão de artes.
Encimando cada coluna uma miniatura do biplano Sampaio Correia feita pelo Romilson Lopes. Para finalizar, promover uma revitalização em torno da estátua de Pinto Martins, iluminando-a e ajardinando o pedestal, além de se colocar placas comemorativas. Claro que outros artistas e escritores não citados poderão participar deste projeto e melhorá-lo com outras sugestões. Feito isto teríamos uma sala-de-aula ao ar livre onde os professores poderiam levar seus alunos para conhecerem a história da genialidade de Pinto Martins, além de um ponto turístico de qualidade".
Foto do Selo Comemorativo e texto da crônica de Rachel de Queiroz: Arquivo do blog, cedidos por Francisco Olivar (Vavá)
Esses são trechos de uma crônica de Rachel de Queiroz no jornal "Estado de São Paulo" que recolho para marcar o "Dia de Pinto Martins", 15 de abril, efeméride criada em 2008 juntamente com uma comenda pela atual administração municipal. Já falei aqui da vontade de nosso amigo Francisco Olivar (Vavá) em intermediar junto à família de Pinto Martins a vinda dos restos mortais do nosso aviador que seriam encerrados em um memorial em Camocim, sem receber, contudo, a atenção devida da gestão municipal.
Em 2008 fui convidado a palestrar sobre a história de Pinto Martins e não sei se consegui falar de uma ideia publicada nos jornais da época, que era a criação de um Memorial a Pinto Martins. A ideia ficou no papel e, efetivamente, acabou por se oficializar a data de nascimento do aviador e a criação de uma comenda que homenageia personagens ilustres desde então.
Aproveito o blog para reavivar a ideia num momento em que praticamente não se levantou uma voz para denunciar o descaso ou o esquecimento do nome de Pinto Martins ao aeroporto récem inaugurado. Na época escrevi assim:
"Minha proposta é deveras simples e pode ser executada com recursos do IPTU. Trata-se de construir no perímetro da Praça Pinto Martins (já aproveitando a Estátua de Pinto Martins e o Avião) um memorial a céu aberto (como gostam os aviadores). Constará de 11 colunas distrubuídas por toda a praça. A cada coluna será afixada uma placa de acrílico (ou outro material) contendo a reprodução de uma obra de arte e um texto resumo de artistas e escritores locais sobre o VOO DE PINTO MARTINS. Sugiro desde logo os nomes. Para escrever a saga do voo, convidem: Raimundo Silva Cavalcante, Artur Queirós, Prof. Valmir Rocha, Cardeal, Sotero, Inácio Santos, Avelar, Roberto Pires, Fernando Veras, Marcos Galdino e Aradi Silva. Para pintar a saga do voo, convidem: Totõe, Mauro Viana, Eglauber, Kadal, Francisco Carlos, Eduardo, Catarina, Batista Senna e mais três revelações do último salão de artes.
Encimando cada coluna uma miniatura do biplano Sampaio Correia feita pelo Romilson Lopes. Para finalizar, promover uma revitalização em torno da estátua de Pinto Martins, iluminando-a e ajardinando o pedestal, além de se colocar placas comemorativas. Claro que outros artistas e escritores não citados poderão participar deste projeto e melhorá-lo com outras sugestões. Feito isto teríamos uma sala-de-aula ao ar livre onde os professores poderiam levar seus alunos para conhecerem a história da genialidade de Pinto Martins, além de um ponto turístico de qualidade".
Foto do Selo Comemorativo e texto da crônica de Rachel de Queiroz: Arquivo do blog, cedidos por Francisco Olivar (Vavá)
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