Interessante este mundo da propaganda de remédios. As notícias de hoje dão conta de que a indústria farmacêutica não investe em pesquisa de medicamentos que curariam certas doenças porque não dão lucros satisfatórios, preferindo outros menos eficazes para que as pessoas fiquem sempre comprando até morrerem. Por outro lado, nas primeiras décadas do século XX, os antigos medicamentos e seus respectivos detentores das fórmulas, utilizavam-se de depoimentos de usuários para atestarem sua eficácia, aliando ao testemunho, a foto das pessoas que fizeram uso do medicamento na cura das mais diversas moléstias que iam da sífilis, passando por males do fígado, feridas, etc. A exemplo disso, temos o depoimento do advogado, jornalista e poeta camocinense Raul Rocha em outubro de 1917 fornecido à Revista Careta, do Rio de Janeiro, que exaltava os efeitos curativos do ELIXIR DE NOGUEIRA. Dizia ele:
"Illmos.Srs. VIUVA SILVEIRA & FILHO
Rio de Janeiro
Soffrendo de horríveis coceiras produzidas por eczemas em diversas partes do corpo, especialmente nos pés, sujeitei-me a tratamento rigoroso, ingerindo preparados especia, encontrando porém, sempre resultado negativo.
Aconselhado os preparados mercuriaes, recusei-os, por julgal-os prejudiciaes; resolvi usar o universal medicamento ELIXIR DE NOGUEIRA do Pharmaceutico Chimico Joao da Silva Silveira de abencoada memoria e com poucos vidros, senti-me radicalmente curado.
Pelo benefico resultado obtido attesto conscienciosamente, sua maravilhosa efficacia".
Camocim (Ceará), 14 de outubro de 1917
Raul Rocha
(Advogado e jornalista).
Estes documentos, além de revelarem os tipos de doenças do começo do século XX. oferece algumas fotografias de diversas pessoas que tiveram algum destaque na sociedade camocinense.
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