segunda-feira, 16 de março de 2020

AS PANDEMIAS EM CAMOCIM



Em tempos de CORONAVIRUFOBIA, neologismo criado pelo amigo Vicente Martins, professor de Língua Portuguesa da UVA, sempre é bom recorrermos à história. Assim como hoje, naquela época, principalmente depois de passada a fase mais crítica das doenças, os jornais trouxeram charges reportando o assunto (foto acima). Como Camocim sempre foi uma cidade aberta ao mundo, face a sua atividade portuária, as pandemias e epidemias sempre chegaram por aqui. 

No final do século XIX, a febre amarela foi impiedosa com os camocinenses. No ano de 1888, de abril a julho foram notificados 574 casos com 65 mortes. Conta a documentação que a mortandade não foi maior face aos esforços do Dr. Raimundo Belfort Teixeira, cujo trabalho foi reconhecido pela Câmara Municipal de Camocim. 

No documento que registrou este episódio ficou escrito: "Esta Câmara não pode deixar de lavrar o zelo e solicitude d’aquelle Facultativo, trabalhando com a pratica intelligência de que é reconhecido para debellar o mal, e ao retirar-se deixou a esta Câmara o restante da ambulância aqui existente, para ser fornecida a qualquer pessoa atacada".

Agora é todo mundo cuidando para não contrair o corona vírus para que não figuremos na tragicidade dos documentos.

Fonte: Fonte: Câmara Municipal de Camocim. 1888. 1º Livro de Ofícios Expedidos. Nº 15, p.37)




Nenhum comentário:

Postar um comentário