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sábado, 21 de dezembro de 2024
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
CINEMA OLYMPIA. CAMOCIM-CE
F
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
O SENADOR E O SAL
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General Onofre Gomes de Lima. Fonte: www.7bib.eb.mil.br |
O Sr. Onofre Gomes, da bancada cearense, foi o primeiro a ocupar a tribuna, transmitindo um apelo dos produtores de sal do seu Estado, no sentido de que os fretes de Chaval sejam os mesmos que os do porto de Camocim e que os navios do Loide façam escalas nos aludidos portos, no prazo mínimo de 30 ou 40 dias. Aproveitando o ensejo, o Sr Onofre Gomes fez, também, considerações sobre a crise de produção no Ceará, provocada pela seca.
Infelizmente, o site do Senado Federal não traz nenhum pronunciamento do senador Onofre Gomes, notadamente o que se refere a matéria jornalística.
Fonte:Jornal A Manhã, RJ, 1953, ed. 3622, p.6.
sábado, 10 de agosto de 2024
PELAS RUAS DE CAMOCIM... MEMÓRIAS SENSORIAIS
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Fachada do Colégio Estadual Professor Ivan Pereira de Carvalho. Camocim-CE. |
O trajeto de hoje foi pelas ruas Marechal Floriano, D. Pedro II, Riachuelo, Perimetral, Santos Dumont, Tiradentes e 24 de Maio. Se fosse trabalhar o território percorrido pela nomenclatura, a ligação é evidente com a história do panteão histórico do país. Contudo, as nossas vivências por essas ruas se misturam com as cenas que percebemos no momento em que trafegamos por elas.
Daí, passar pela Rua Pedro II é tentar identificar a casa em que funcionou a antiga cadeia pública (próximo das seis bocas cortada pela rua Humaitá) na próxima esquina, onde pontifica a Pousada Tropical, minha memória olfativa me lembra do cheiro forte de tinta e cimento de uma fábrica de mosaicos que ali funcionou na década de 1970. Por ali eu passava para estudar no velho CEPA - Colégio Estadual Padre Anchieta.
Entro na Riachuelo e o hoje CEPI- Colégio Estadual Professor Ivan me remete ao CEPA de 1978 onde cursei a então 8ª série ginasial. Onde estarão os sobreviventes desta época?
Duas quadras depois, na esquina do antigo Centro Social Urbano (CSU), Tinildo, envergando uma camisa vermelha berrante, (não deu tempo tomar a benção a ele dessa vez) se posta impassível diante do movimento das pessoas que passam para lá e pra cá em busca das delícias da Padaria do Zé Fonteles. Impossível não lembrar dele e sua carroça vendendo o pão vespertino de cada dia pelas ruas da cidade em tempos idos.
Já quase chegando às Quatro Esquinas me lembro da Senzala, uma casa noturna que funcionou por pouco tempo e hoje é um lava-jato. Na esquina seguinte, retalhos da minha infância, da segunda casa onde moramos, defronte do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e vizinho do Zé Guilherme. Quantas histórias e memórias numa rua só. Mais adiante, a casa de Pedro Rufino ainda resiste como ícone de uma lembrança militante comunista. Antes da confluência com a Perimetral, vamos encontrar o sapateiro Paulo Açúcar, absorto na costura de um "pisante" de algum freguês...
Até outro dia...
Foto: https://www.google.com/search?
FAROL DO TRAPIÁ - A ORIGEM
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Farol do Trapiá. Camocim. Foto: Nilson Filho (Sobralonline). |
Chegamos na temporada dos ventos. Cada vez mais Camocim se insere num destino para os esportes náuticos que tem o vento como motor. E a Praia do Farol é o ponto que agrega todos os desportistas, turistas e as condições para a prática esportiva.
Mas, e o Farol? Ah, o nosso Farol do Trapiá enquanto balizador dos rumos terrestres para os navegantes não existe mais. Ou melhor, não como era, não como foi inaugurado há 129 anos. O último farol foi demolido em 24 de janeiro de 2024 e no local se instalou um "farol temporário, até a construção de um novo farol no local."
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Antigo Farol do Trapiá. Fonte: Marinha do Brasil. CAMR-Centro de Sinalização Náutica Almirante Moraes Rego. |
Para os navegantes da história, trago informações sobre o PRIMEIRO FAROL, direto da redação do jornal camocinense FOLHA DO LITTORAL, de 1918, quando se comemorou os 23 anos de existência do equipamento. Mantivemos a escrita da época:
O pharol de nossa barra que serve de mira aos navegantes está situado na ponta do “Trapiá”, na seguinte posição: latitude 2º 51'30" Sul e longitude 40º 42' 50" a Oeste do meridiano de Greenwich, na Inglaterra. É de luz branca, fixa, com lampejos de 30 em 30 segundos. , o Dioptrico de 5ª ordem. Visível a 12 milhas.
Está acima do solo 10m.50. Acima da préa-mar 13 m.80. Tem a forma de uma colunna de ferro.
Foi inaugurado no dia 15 de Novembro de 1895. Foram seus primeiros pharoleiros Constantino Lourenço Gomes (que exonerou-se por motivo de doença dose annos depois) e Joaquim Jacob Ramalho, segundo e terceiro pharoleiros respectivamente. Exerceram os cargos ainda de 2º pharoleiro as seguintes pessoas: Francisco de Paula Correia de Mello, Raymundo Gomes de Oliveira Filho e José Olympio dos Santos. O 3º pharoleiro Joaquim Jacob Ramalho, foi ha dois anos removido para o Aracaty. sendo substituído por Claudionor Moreira do Carmo.
Completaram-se ante-hontem, 23 annos que foi inaugurado o pharól da barra de Camocim.
Aguardemos, portanto, não somente os ventos, mas um novo farol, já que não preservaram os antigos.
Fontes para o texto: Camocim Online e Folha do Littoral, 1918.
Fontes das imagens: Marinha do Brasil e Nilson Filho/Sobral Online
sexta-feira, 26 de julho de 2024
PELAS RUAS DE CAMOCIM... NOSTALGIA E HISTÓRIA
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Chácara na confluencia das ruas Dr, João Thomé com Humaitá. 2024. Foto: Arquivo do CPH. |
Marechal Floriano, Humaitá, Tiradentes, 24 de Maio... Na caminhada de hoje, os nomes das placas das ruas me remetem à história do Brasil Colônia através de Tiradentes, ao Brasil Império pela Guerra do Paraguai, ao Brasil República via Floriano. Embora entre nós, essas temáticas estão um pouco distantes.
Entro pela rua Humaitá e dou de cara com a antiga sede do Sindicato dos Portuários, agora esmaecida na cor e sem o ambiente associativo de outrora, do tempo em que ainda tínhamos porto. Mais à frente, o prédio do INSS, evoca em minha lembrança as tensões das antigas contagens eleitorais que duravam dias, com o povaréu nas calçadas adjacentes esperando os resultados das urnas com radinhos de pilha colados aos ouvidos, sintonizados nas rádios União e Pinto Martins.
Dois quarteirões depois, dá gosto contemplar a quadra verde da chácara que funciona como o "pulmão" do centro da cidade, resistindo às intempéries e à especulação imobiliária.
Dobro na Tiradentes e novamente na 24 de Maio onde fica a casa da mamãe, ponto de descanso para um bom papo e assistir com ela a novela Alma Gêmea.
Neste trajeto, poderia escrever sobre a azáfama de uma oficina, o olhar perdido do Beata, a moça bonita de outrora que enverga o peso do tempo, de militares aposentados que jogam conversa fora num bar. Mas, para isso eu precisaria ser um escritor. Fiquem com a narrativa do historiador.
sexta-feira, 19 de julho de 2024
A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA NO BRASIL E A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMOCIM
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Ofício da Câmara Municipal de Camocim ao Presidente da Província. 1888. |
Já escrevemos algumas matérias neste espaço, enfocando a presença de escravos em Camocim, seja em ações de alforria; nosso porto sendo parte de uma rota de liberdade escrava ou mesmo objeto da legislação no Código de Postura da então Villa de Camocim.
Mas, com relação a famosa Lei Áurea, quais foram as repercussões em nosso meio? Um ofício da Câmara Municipal enviado ao Presidente da Província, expressam bem o sentimento dos munícipes, embora saibamos que este tipo de documento era uma formalidade burocrática para atender a lei maior. Contudo, é um registro importante para a nossa história.
Segue abaixo a transcrição:
Villa de Camocim
Paço da Câmara Municipal em Sessão Ordinária de 20 de maio de 1888.
Ilmo.Exmo. Snr
A Câmara Municipal desta Villa, reunida em sessão ordinaria de hoje, tem a honra de communicar ao Exmo. que em nome de seus municipes saúda jubilosa na pessoa de V. Execia, a Excelsa Princesa Imperial Regente e ao immortal Gabinete de 19 de Março, do qual é V.Excia. mui digno Delegado, pela promulgação da áurea lei nº 3.353, authentico testemunho das virtudes que innobrecem o magnannimo coração da Redemptora dos captivos, e a grande confiança que merece a Nação do invicto Gabinete.
Deus guarde a V. Execia.
Ilmo.Exmo. Snr. Antônio Caio da Silva Prado.
M. D. Presidente da Província
Serafim Manoel de Freitas - P.
Sergio Gomes de Lima
Francisco Freire Napoleão
Antônio Nogueira de Carvalho.
Fonte: Arquivo Câmara Municipal de Camocim - 1º. Livro de Ofícios Expedidos - 1885-1908.
quarta-feira, 17 de julho de 2024
PATRIMONIOS DE CAMOCIM... MAIS DESTRUÍDOS DO QUE PERSERVADOS
Reza a lenda que nós só damos aquilo que temos.
Eu, por meu turno, já perdi a esperança de querer influenciar (para usar o verbo da moda) as consciências das pessoas de que a preservação da nossa história é algo importante para a construção da nossa identidade e que pode até se lucrar com isso. Talvez, educando as crianças desde tenra idade em casa e na escola, elas possam no futuro conservar o que se está construindo no presente. Toda vez que se bota abaixo um patrimônio de pedra e cal, alguns lastimam, outros aplaudem. Isto é da compreensão de cada um.
A instituição de uma política pública de feição preservacionista quem o pode fazer é o Estado, intervindo, inclusive nos interesses privados.
Em Camocim, o poder público tem até uma lei aprovada neste sentido. Mas, não adianta legislar sem ter o aparato jurídico para executar a lei, implementar as condições para definir áreas e patrimônios a serem tombados. Deste modo, os herdeiros destes patrimônios sentem-se a vontade para demolir seus velhos casarões, no sentido de varrê-los da face da terra e incorporá-los como novos espaços no mercado imobiliário.
Há uma outra questão a ser resolvida: o quê e quem determina algo como histórico? Será que somente as duas casas demolidas na rua Alcindo Rocha recentemente, por terem algum resquício arquitetônico eram patrimônios históricos? Ninguém chorou pelas demais, casas simples, quando o quarteirão era eminentemente residencial e se tornou comercial.
Vivemos, portanto, a era preconizada lá atrás por Caetano Veloso da "força da grana que ergue e destrói coisas belas".
Mas, como nem tudo está perdido, um fio de esperança permanece em ações como a do proprietário de uma casa da rua José Maria Veras (outrora Senador Jaguaribe). No trecho entre Dr. João Thomé e José de Alencar, quando 99% dos antigos prédios foram abaixo, ele reforma sua fachada nos moldes da antiga residência do deputado Murilo Aguiar.
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Casa na Rua José Maria Veras. Camocim. 2024. Foto: Arquivo o blog. |
Não foi preciso nenhuma lei dizer para ele como proceder.
Nós só damos aquilo que temos.
quinta-feira, 27 de junho de 2024
A SECA, A CHUVA E O SAPO - A escrita do mestre Artur Queirós
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Artur Queirós. Foto: Camocim Online. |
quinta-feira, 23 de maio de 2024
CAMOCIM DE PORTO E ALMA. Carlos Augusto P. dos Santos
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Capa do livro "Camocim de Porto e Alma". Camocim. 2024. |
quarta-feira, 22 de maio de 2024
HISTÓRIA RELIGIOSA DE CAMOCIM - Célia Santos/Gabriel Araújo/Jane Élida Silva
História Religiosa de Camocim é uma coletânea de três textos acadêmicos, escritos por historiadores locais como trabalhos de conclusão do Curso de História da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, que versam sobre aspectos da religião católica e batista em nosso município.
No primeiro trabalho, Maria Célia Pereira dos Santos procura desvendar os mistérios envoltos a uma cidade atrelada a manifestos religiosos, de uma cidade germinada pela influência da Igreja Católica, através da análise da escrita do Primeiro Livro de Tombo da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, instituída em 1883 na cidade de Camocim, emancipada politicamente em 1879. Neste sentido, analisa a obra religiosa a partir da edificação de sua antiga capela, em 1880, e sua retomada em 1905, elencando os passos articulados à concepção de cidade, que se fazia acontecer na época, sob a base da religião católica. No segundo trabalho, Gabriel Belchior de Araújo, continua na seara da Igreja Católica Movido analisando as ações e benefícios do Serviço de Promoção Humana em Camocim, como instituição inovadora e extensiva em prol de uma educação libertadora e preservação da dignidade humana, informando sobre as importantes ações que melhoraram e socorreram muitos camocinenses, de diferentes idades, dos males da pobreza e da marginalização social nos anos 60 a 70 do século XX. Finalizando, o terceiro trabalho de Jane Élida Costa Silva, lança luzes sobre a chegada da ação missionária da Primeira Igreja Batista em Camocim entre os anos de 1984 a 1989, assim como discorre sobre os problemas enfrentados pelas primeiras missionárias, tanto de logística, como de resistência de conservadorismo católico e de outras denominações evangélicas. A religiosidade em Camocim não se resumem a este trabalho, mas o primeiro passo foi dado para que outras iniciativas possam dar conta da diversidade religiosa em nosso município.
O livro História Religiosa de Camocim integra a Série História Camocinense, gestada dentro do Coletivo de Historiadores de Camocim. Foi financiada pelo convenio entre Prefeitura Municipal de Camocim e Ministério da Cultura, via Lei Paulo Gustavo. O lançamento oficial do e-book ocorrerá no dia 7 de junho de 2024 na Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras (ACCAL).
terça-feira, 21 de maio de 2024
FILHOS DA TERRA. Raimundo Nonato de Carvalho (Naldo)
"Filhos da Terra" é o livro de estreia de Raimundo Arnaldo de Carvalho, mais conhecido em Camocim como Naldo, famoso cantor e compositor local, descoberto nos tempos dos festivais de música de Camocim e no Ceará, além de animar o povo com suas músicas nos ritos católicos. Naldo também é professor nas disciplinas de Ensino Religioso e Arte Educação no Ensino Fundamental e Médio, bem como Língua Portuguesa no ensino Fundamental por mais de 25 anos.
Em "Filhos da Terra", Naldo faz através do soneto, uma singela e forte homenagem ao que ele chama de “personagens marcantes de nossa cidade, que com o maior prazer tentarei expressar com o máximo de cuidado e zelo. Esse pessoal, de fato, marcou época, alegrando o povo de seu tempo, para esta cidade, contribuindo muito para o crescimento cultural de Camocim. Aqui se misturam alegria e nostalgia de um período que deixou marcas no tempo histórico do nosso povo.”
Mas, os personagens são tantos que, com certeza, Naldo ficará com a incumbência de elaborar mais livros para dar conta da diversidade do nosso povo.
"Filhos da Terra" faz parte da "Série História Camocinense" e sua edição foi possível graças ao convenio entre Prefeitura Municipal de Camocim e Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo e pode ser baixado gratuitamente através do endereço: https://camocim.ce.gov.br/livros/.
O lançamento oficial do e-book de "Filhos da Terra" será no dia 07/06/2024 na Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras (ACCAL).
segunda-feira, 20 de maio de 2024
METAMORFOSE LITERÁRIA. INÁCIO SANTOS
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Capa do livro "Metamorfose Literária" - Inácio Santos. 2024. Fonte: Editora Sertão Cult. |
"Metamorfose Literária" é o segundo livro de Francisco Inácio dos Santos, radialista, poeta, escritor, cronista e compositor camocinense. Militante das letras em nosso município, Inácio Santos é titular da cadeira número 26 da Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras (ACCAL).
Nesta obra, dividida em duas partes: Versos em Profusão e Crônicas, Inácio Santos destila a sua melhor verve literária, que o fez um dos principais cronistas e poetas de nossa cidade.
A primeira parte é constituída de poemas, em sua grande maioria sonetos, seara na qual Inácio Santos se tornou especialista. Na segunda parte, Inácio nos brinda com outro gênero textual – a crônica, que alia brilhantemente “pitada de humor, mas também de saudade, a viajar num passado nostálgico, conhecer alguns causos e se entrelaçar poeticamente com personagens que podem ser identificados ao nosso redor e, talvez, em nós mesmos".
O livro "Metamorfose Literária" faz parte da Série História Camocinense e foi custeada pelo convenio Prefeitura Municipal de Camocim e Ministério da Cultura, através da Lei Paulo Gustavo. A obra em epígrafe pode ser baixada para download gratuitamente no endereço: https://camocim.ce.gov.br/livros/.
No dia 7 de junho de 2024 haverá o lançamento oficial do e-book de Metamorfose Literária na Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras (ACCAL).
Serviço:
Livro: Metamorfose Literária
Autor: Inácio Santos
Ano: 2024
Páginas: 130
Editora: Sertão Cult
domingo, 19 de maio de 2024
SÉRIE HISTÓRIA CAMOCINENSE. NOVOS TÍTULOS
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Selo da Série História Camocinense. 2022. Arquivo do CPH. |
Lançada no ano de 2022, a Série História Camocinense, se juntou a outras obras que, por sua vez, ganharam espaço no site oficial da Prefeitura Municipal de Camocim para que atingisse um maior público. Naquele momento os livros a ter o selo da série foram: “CAMOCIM RESPIRAVA ESSE AR DE MÚSICA (Sílvio Paz Pessoa/Carlos Augusto Pereira dos Santos); AS CANTORIAS NAS ONDAS DO RÁDIO AM DE CAMOCIM (Maely Alves de Mesquita); MIOLO DE POTE (Carlos Augusto Pereira dos Santos) e DEPOIS DA MEIA NOITE. LENDAS E MITOS QUE NARRAM O COTIDIANO DE CAMOCIM (Edcarlos da Silva Araújo), cuja produção, financiada integralmente pela Prefeitura Municipal de Camocim, foi distribuída a todos os professores que participaram da Jornada Pedagógica de 2022.
Agora, em 2024, mais quatro obras no formato e-book acrescerão a Série História Camocinense, atualizando o espaço do site da Prefeitura destinado á série. Os livros se dividem entre literatura (poesia) e história local, que desta vez oram financiados com recursos da Lei Paulo Gustavo em convenio com a Prefeitura Municipal de Camocim.
Os novos livros são: Metamorfose Literária (Inácio Santos); Filhos da Terra (Raimundo Arnaldo de Carvalho); História Religiosa de Camocim (Maria Célia Pereira dos Santos, Gabriel Belchior e Jane Elida Costa e Silva) e Camocim de Porto e Alma (Carlos Augusto Pereira dos Santos).
Em 07 de junho de 2024, acontecerá o lançamento oficial destes livros na Academia Camocinense de Ciências Artes e Letras (ACCAL).
segunda-feira, 29 de abril de 2024
CÉSAR VERAS E O PARLAMENTO CAMOCINENSE
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César de Araújo Veras. Fonte: Câmara Municipal de Camocim. |
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Capa do livro "Parlamento Camocinense". 2020. Arquivo do autor. |
quinta-feira, 25 de abril de 2024
PINTO MARTINS POUSA EM FORTALEZA...
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Cartaz da mostra NEGRAS LUTAS, LUTAS NEGRAS. 25 a 28 de abril. Cinema do Dragão. Fortaleza-CE. |
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024
O ARTISTA EVANMAR MOREIRA E A CENSURA
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Garota Contagiante. Música de Evanmar Moreira. |
Quem viveu no período entre 1964-1985, isto é, no regime militar que descambou no que se convencionou chamar-se ditadura civil-militar e trafegava no mundo das artes, com certeza se deparou com a Censura exercida pelo Departamento de Polícia Federal. Toda e qualquer manifestação artística tinha que passar pelo crivo deste departamento, sem alar dos censores que atuavam diretamente nos jornais, revistas, rádios e televisões.
A historiografia é farta em mostrar o efeito desta censura nos grandes órgãos de comunicação do período e dos grandes nomes da Música Popular Brasileira mais conhecidos (Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, só para citar estes). No entanto, pouco a pouco, a história vem recuperando os impactos dessa censura sobre os artistas populares tidos como "bregas", como Odair José, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo, Waldick Soriano, dentre outros.
Mas, como dito no início, toda e qualquer peça artística tinha que ser aprovada com o carimbo da Divisão de Censura e Diversões Públicas. Nas telas da TV e do Cinema antes da exibição dos filmes era comum aparecer o certificado de liberação deste órgão.
No caso das músicas, as letras eram previamente submetidas ao censor de plantão. A mais famosa censora do Brasil foi a Sra. Solange Hernandes.
"Ela entrou para a história como a censora mais célebre do país ao comandar entre 1981 e 1984 uma máquina de vetos e cortes em produções artísticas, quando chefiou a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP). Rigorosa contra tudo o que, na visão dela, atentava contra a moral, os bons costumes e a ordem política, passou a tesoura em milhares de obras artísticas no período. Foi até “homenageada” em letra de de música de Léo Jaime (Solange, uma releitura de So Lonely, da banda inglesa The Police).
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"Vem Dançar". Música de Evanmar Moreira. |
Justamente neste período surgiu em Camocim o cantor e compositor Carlos Evanmar Moreira (Evanmar), o primeiro na cidade a gravar um disco (compacto) pela gravadora paraense GRAVASOM (Gravasom Comercial Fonográica e Publicidade Ltda). Mas qual é a relação disso com aquilo? Como qualquer mortal, Evanmar teve também que submeter suas letras para aprovação da censura.
Com a abertura dos arquivos, hoje é possível consultar os processos da gravadora de Evanmar pedindo liberação das músicas. No documento base desta postagem, podemos ter acesso as duas primeiras letras de autoria do nosso cantor: "Vem Dançar" e "Garota Contagiante" e outros detalhes como a expedição de sua carteira de identidade pelo estado do Piauí, o que revela que, quando ele oi para o vizinho estado, ainda não possuía este documento de identidade.
Aos 21 anos, Evanmar tem sua trajetória artística atravessada pela censora Solange Hernandes. Nos processos oriundos do Pará, no mesmo despacho ela aprova as músicas de Evanmar, mas, para não perder a viagem, censurou a música "COMPETIÇÃO" de autoria de Ari Santos e Egídio 'Cardoso, com base no Art. 19 c/c 79 do Decreto no 1.077/790 e art. 77 do Regulamento aprovado pelo Decreto no 20.493/46, tendo em vista que seus versos exteriorizam temática contrária a moral e aos bons costumes, em linguagem maliciosa, com dubiedade de sentido e imprópria a boa educação do povo.
Evanmar gravaria um outro compacto posteriormente, mas não encontramos nenhum processo relativo a este segundo disco, o que pressupõe que talvez já tenha sido após 1985, quando a censura já abrandava e o país saía do regime militar.
Fonte: Arquivo Nacional. Divisão de Censura e Diversões Públicas. Carlos Evanmar Moreira. br_dfanbsb_ns_cpr_mui_lmu_21071_d0001de0001
https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/quem-foi-dona-solange-a-maior-censora-de-artes-do-pais-antes-de-bolsonaro
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
ORAÇÃO PARA CAMOCIM APARECER
quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
O REISADO DE CAMOCIM
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Reisado em Camocim. 2023. Fonte: Arquivo do blog. |
Hoje, 3 de janeiro de 2023 foi dia do Reisado visitar a Rua Marechal Floriano. Um grupo de católicos brincantes reviveram um pouco da tradição do reisado que em Camocim estava quase extinto. Abri a porta e acendi a luz para um grupo novo e rejuvenescido por jovens de várias faixas etárias. Isso é bom porque mantém a chama viva das nossas manifestações culturais e religiosas. A última vez que tinha feito este gesto de abrir a porta e acender a luz tinha sido para a Dona Maria do Campo e um pequeno grupo que lhe acompanhava para não deixar morrer a festa. Que bom que o reisado voltou!!! A partir desta postagem no Facebook, vários comentários oram eitos, relembrando alguns aspectos desta manifestação folclórica e religiosa da nossa tradição cultural. Reproduzimos abaixo alguns destes comentários: Inácio Santos Outrora o tradicional grupo de reisado, ao som do solo de trombone do saudoso Benone, assim abordavam as famílias: " Senhor dono da casa / abra a porta por favor / que do céu está caindo / uma grinalda de flor." Francisco Olivar Acordar na madrugada com os cantos '' Oi de casa, nobre gente ,acordai ,..........,não tem preço,participei talvez do último que foi do 1974. Parabéns ao grupo. Carlos Augusto Santos Francisco Olivar, os grupos de reisados vão se revezando ao longo do tempo. Há uns 30 anos que a tradição vem sendo mantida pela Dona Maria do Campo. Hoje, devido a problemas de saúde ela não sai mais. O reisado vem sendo assumido por grupos ligados à Igreja Católica. Neste ano, a revitalização está a cargo da Renovação, com bastante gente jovem. Na verdade, o reisado nunca morreu, estava apenas adormecido... Paulo Chibata "O Deus salve casa santa aonde Deus fez a morada, Aonde mora Cálice Bento e a Hóstia consagrada"... Charles Nunes de Melo Lembro-me desta cantada quando o morador nada ofertava: "Vou-me embora, vou-me embora, pois aqui não volto mais, esta casa é maldita, nela mora o satanás." Vida longa ao reisado de Camocim! |