segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

CAMOCIM SEM POLÍTICA CULTURAL

Infelizmente, cada vez que volto à Camocim, tenho a confirmação de que nos falta uma política cultural. Prédios históricos continuam sendo tombados literalmente. O da vez são os antigos armazéns do Llyod Brasileiro, bem ao lado do Cais do Porto. Por outro lado, a cidade segue praticamente sem espaços culturais. A única exceção é o NAEC. No entanto, não é por falta de ideias e iniciativas dos cidadãos de Camocim que isso ocorre. É puramente descaso administrativo que há décadas atravessa a mesmice dita cultural, através da política de eventos, traduzida na realização das festas de Reveillon, Carnaval, Festival de Quadrilha e um Salão de Artes, dentre outras. Nada contra os eventos, eles são importantes para solidificar uma tradição. No entanto, diante da gama de talentos nas mais diversas áreas da cultura camocinense, a falta de equipamentos como um teatro, um cinema, ou memo um simples Ponto de Cultura, é um absurdo total!!! Esse é o papo que travo com um cidadão camocinense que, por iniciativa própria se dirige até ao Ministério da Cultura em Brasília e protocola um pedido para a construção de um centro cultural (bem que poderia ser no antigo Sport Club da foto acima). Pois bem, depois de registrado o pedido do Sr.FRANCISCO SAMARONE BRITO XAVIER, o mesmo recebe Ofício Nº 1323 do Gabinete da Ministra Anna Maria Buarque de Holanda. Todo esperançoso, o supracitado se dirige ao Gestor Municipal com a missiva ministerial certo de que sua proposição terá acolhida, visto que, à municipalidade é pedido apenas um projeto neste sentido. No entanto, me confessa o jovem Samarone sua decepção face à resposta oficial de que "aquilo não tinha futuro". Futuro não terão os jovens camocinenses, órfãos dos equipamentos e dos meios de transmissão cultural mais básicos, tão necessários à sua formação.

Fonte: Ministério da Cultura. Ofício Nº 1323 GM/MinC, endereçado à Francisco Samarone Brito Xavier.
Foto: Panaromio.com

4 comentários:

  1. Creio que quando o político falou que não tinha futuro, ele quiz dizer que não tinha votos...

    Talvez se os que se preocupam com os prédios históricos de Camocim se unissem, ao invés de ficarem pregando no deserto, quem sabe encontrariam côro e junto com prefeitura, câmara municipal, cdl, e outras instituições que formam a sociedade camocinense poderiam fazer algo para manter vivo os prédios em ruínas.

    O primeiro passo é a união dos que defendem essa bandeira.

    Fco. Souza

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  2. Não só isso Fco., mas por conta de uma inércia que assola Camocim nessa gestão no que diz respeito à Projetos. No nosso caso, cremos que não estamos pregando no deserto. O problema é de prioridade mesmo, visto que, instituições e até pessoas da confiança do gestor colocam essas questões, mas, são solenemente desdenhados. Não queria antecipar, mas, independente desse descaso, amanhã estaremos reunindo historiadores, professores de história e outros interessados para a formação de uma associação que irá lutar contra estes desmandos...

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  3. Não só isso Fco., mas por conta de uma inércia que assola Camocim nessa gestão no que diz respeito à Projetos. No nosso caso, cremos que não estamos pregando no deserto. O problema é de prioridade mesmo, visto que, instituições e até pessoas da confiança do gestor colocam essas questões, mas, são solenemente desdenhados. Não queria antecipar, mas, independente desse descaso, amanhã estaremos reunindo historiadores, professores de história e outros interessados para a formação de uma associação que irá lutar contra estes desmandos...

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  4. Perfeito, caro mestre!

    O primeiro passo é a união, pois como diz o ditado, a união faz a força.

    O atual administrador pode até ser contrário, mas quando a massa participa, caso ele não se engaje será levado de roldão.

    Fco. Souza

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