Vista aéra da Feira de Chicago. 1893. Fonte:www.wdl.org/pt/item/11369. |
No final do século XIX se alguém lhe encomendasse um casco de aruanã, alguns búzios grandes, dois casulos de maribondo, um litro de óleo de batiputá (semelhante ao dendê), raízes de cabeça de nego, jurubeba, jalapa da terra e uma variada quantidade de toras de madeira existente na região como aroeira, catingueira, cedro, emburana, gameleira, guabiraba, jurema, jacarandá, jatobá, mangue vermelho, marmeleiro, murici pitanga, pau branco, pitombeira, sabiá, ubuaia, xixá, dentre muitas outras, para que você pensaria qual seria a finalidade de tal pedido?
Muitas possibilidades poderiam servir, mas, que tal serem para expor estes produtos numa feira internacional? Pois é, esta foi a finalidade que cada estado do Brasil promoveu para mostrar o país na Feira Mundial de Chicago ou Exposição Colombiana Mundial para marcar o 400º aniversário da chegada de Colombo às Américas, que tinha ocorrido no ano anterior.
A feira foi um esforço da cidade americana de Chicago em mostrar sua maturidade quando tinha apenas 60 anos e 22 após a ocorrência do grande incêndio de 1871. O mapa acima mostra o resultado do trabalho do arquiteto e urbanista Daniel Burnham e do paisagista Frederick Law Olmstead, onde inclui os principais pavilhões dos 46 países participantes.
Antes dos produtos brasileiros serem catalogados, escolhidos e enviados para Chicago, aconteceu uma Feira Preparatória no Rio de Janeiro em 1892. Não sabemos quem compôs a Comissão de Camocim que recolheu os produtos do município acima elencados pela fonte pesquisada, contudo, a relação dos mesmos chama a atenção pela variedade, especialmente, da nossa flora.
Fonte: www.wdl.org/pt/item/11369.
Fonte: Exposição de Chicago. 1892-1893. Catálogo dos Productos do Ceará remettidos à Exposição Preparatória do Rio de Janeiro. Comissão Cental do Ceará. Typographia Econômica . Ceará. 1893.
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