terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O CAMOCIM DAS MULHERES - II

Estou espirrando no momento em que faço este post. Não que esteja resfriado, mas, abrir a Revista Manchete Nº 1813, de 17/01/1987, é sentir a poeira do tempo nas narinas e quem sabe alguns fungos. Porém, me falta a máscara providencial. Sem máscaras, no entanto, são os depoimentos das mulheres retratadas na reportagem. Hoje, vamos ressaltar aquelas mulheres briosas que já se foram: 

1. Rosângela Alencar: "Para Rosângela Alencar, analista clínica e representante da LBA, seu marido Edmar, artista plástico, representa à perfeição a mente aberta dos varões de Camocim: "Ele é a mãe da casa, troca fraldas, dá mamadeira, faz comida. Essa tradição da cidade está merecendo uma tese de mestrado, pois não ocorre em nenhum outro local da região". 
Lá vou eu: Edmar ainda tinha tempo de pintar e compor canções.
 2. Beatriz Pessoa Navarro Veras: "Como decana das mulheres atuantes de Camocim, D. Beatriz Pessoa Navarro Veras, 73 anos, artista plástica premiada, orgulha-se de haver sido pioneira de um Movimento de Independência Feminina, há várias décadas. Ela foi a primeira empresária do município, com uma firma de bordados que vende para o Centro-Sul do país, e afirma jamais haver sentido qualquer discriminação por parte dos empresários masculinos. "A amplitude de nossos horizontes, com todas essas praias e ilhas, talvez tenha feito nossos homens verem mais além" 
Lá vou eu:  Este movimento feminista e a tese de D. Beatriz pode ser a deixa para a pesquisa de mestrado que Rosângela Alencar reivindicava.

3. D. Filomena: Legenda da foto: "Comerciante e diretora do Sesi, Filomena é um dos exemplos do dinamismo das mulheres de Camocim. Mas ela, como as outras, credita aos homens um papel importante para que o sexo frágil ganhasse presença na região".
Lá vou eu: No pouco tempo que convivi com D. Filomena, ela foi a grande "mãezona" de centenas de jovens atletas que frequentavam o SESI (cuja extinção ainda provoca grandes estragos na juventude camocinense), comandando a instituição e dando lições de vida diariamente.

Fonte: Revista Manchete Nº 1813, de 17/01/1987, p:64-8.

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