quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O ESQUECIMENTO DO PADRE DE CAMOCIM

Por mais de uma vez, cultivava o estranho hábito de ir à Igreja Matriz de Bom Jesus dos Navegantes só para conferir o esquecimento desta instituição àquele que devotou toda sua vida. Pois bem, nos dias 31 de julho e 13 de dezembro (quando coincidia ter missa nesses dias) lá estava eu torcendo que alguém fizesse uma menção ao nascimento ou à morte de Monsenhor Inácio Nogueira Magalhães, este filho de Granja que tomou Camocim como berço. Ano passado, apesar dos esforços do amigo Francisco Olivar (Vavá), o centenário de nascimento do velho sacerdote passou em brancas nuvens. Ele tencionava publicar uma obra sobre a vida do Monsenhor, mas, não encontrou guarida. A homenagem ficou apenas no blog Camocim Online. No último dia 13 de dezembro não pude ir à Camocim conferir o esquecimento ou a lembrança do pároco que dedicou mais de 40 anos ao rebanho católico de Camocim. Aqui registro a lembrança no momento em que leio um trabalho sobre Maçonaria em Ubajara da historiadora Adelena Soares Sousa e o nome dele está grafado como primeiro vigário daquele município serrano. Abaixo, pequenos traços biográficos da postagem do dia 31 de julho de 2010 publicada no Camocim Online:
Monsenhor Inácio na benção de inauguração do antigo BEC.
Monsenhor Inácio nasceu no dia 31 de julho de 1910, em Granja. Filho de José Silvestre Magalhães e Etelvina Nogueira Magalhães, Ingressou no Seminário Menor de sobral no dia 08/02/1924. Cursou a seguir, o Seminário Maior em Fortaleza-ce, e recebeu a ordenação sacerdotal das mãos de D. José Tupinambá da Frota, no dia 13/12/1933. Em 1934, exerceu o magistério no Seminário de Sobral. No período de 1935 a 1939 , trabalhou como vigário de Ubajara, de onde se transferiu para Camocim, assumindo a Paróquia de Bom Jesus dos Navegantes. Iria completar 50 anos defendendo o ministério no dia 13/12/1982, quando, após uma crise mais aguda foi transportado para Fortaleza-CE e morreu no hospital de Itapajé.

Foto: Camocim Online.

5 comentários:

  1. Como diz o Paulinho: "os camocinenses o mataram duas vezes"


    aliás, acabo de conseguir um oratorio que pertenceu as irmãs capuchinhas, muito lindo, uma legitima preciosidade. quero doá-lo pro museu, consegui já com essa intençaõ. não sei se devo fazer isso agora, pois ainda não vejo estrutura, nem corpo no museu.

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  2. Muito bem Fábio, já disse isso prá muita gente aí, não adianta ter-se apenas a ideia sem a estrutura. Antes d tudo é preciso que criemos essa estrutura - física e administativa, além da concepção museológica que irá ter o museu (histórico, religioso, etc.). Sem isso, as pessoas dificilmente vão dispor de sus objetos carregados de lembranças par um lugar que não existe. Já me coloquei à disposição para ajudar nessa construção que deve envolver não apenas os amantes da história, mas também, o poder público. E, a depender deste poder atual, dificilmente sairemos dos planos das ideias.

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  3. Justa homenagem você faz a Monsenhor Inácio, responsável pelo meu batismo e casamento algumas décadas atrás na matriz de Bom Jesus dos navegantes. Santo homem que segundo dizem era um excelente professor de geografia ( de costas sabia todos os pontos do mapa ). Um abraço prof. Carlos Augusto.

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  4. Creio que um bom espaço para o museu seria o prédio da antiga Estação Ferroviária.

    Fco. Souza

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