Anúncio do Instituto Ruy Barbosa no jornal A Razão. 08 de maio de 1927. Camocim-CE. |
Nas primeiras décadas do século XX ainda não havia um sistema escolar que desse conta da demanda por educação, por outro lado, isso ainda não era um direito de todos. Deste modo, o acesso à escolas era restrito praticamente aos filhos de pais bem aquinhoados que pudessem pagar um ensino particular.
Por outro lado, a mulher também sofria restrições nesta área, sendo que a permissão era apenas para as chamadas "primeiras letras" ou cursos para a formação para a boa condução do lar: corte e costura, bordados, pintura, etc. Em Camocim houve até uma escola específica para as mulheres: a Escola Joana D'Arc que funcionou no local onde funcionou a antiga Agência do SESI.
Aos rapazes, várias escolas particulares funcionaram em Camocim, que além de uma instrução primária e secundária, ofereciam uma formação na área comercial e contábil, habilitando-os para trabalharem nas casas comerciais.
Exemplo deste tipo de educandário foi o Instituto Ruy Barbosa, dirigido pelo Dr. Targino Filho que além de ensinar as matérias de "Portuguez, Francês, Inglez, Geografia, História Nacional, Educação Cívica e Sciencias Naturaes", oferecia ainda um "Curso especial de Escripturação Mercantil e Dactylographia (Remington)". Conforme o anúncio estampado no jornal A Razão, (1927) a referida escola situava-se na Rua da Estação.
Em 1930-31 funcionou uma escola semelhante, tendo como mestre-escola o jornalista e professor Francisco Theodoro Rodrigues (Chico Teodoro), também fundador do Partido Comunista Brasileiro em Camocim, denominada Collegio 5 de Julho cujos alunos, em sua maioria, era filho de operários, conforme matéria já postada neste blog (A EDUCAÇÃO EM CAMOCIM - O COLLEGIO 5 DE JULHO, de 10 de novembro de 2011).
Fonte: Jornal "A Razão", 08 de maio de 1927. Camocim-CE, p.04.
Jornal “O Operário”, Anno IV, 18 de janeiro de 1931, Nº. 75. Camocim-CE, p. 2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário