Vista área da Praia do Maceió. |
Já nos referimos aqui no blog sobre a tese de doutorado do Prof. Dr. Lenilton Francisco de Assis do Curso de Geografia da UVA sobre o turismo em Camocim. Hoje destacaremos na sua obra a Praia do Maceió. Na referida tese, o professor analisa os vários problemas de especulação imobiliária que a localidade e seus nativos enfrentam. Neste período eleitoral foi prometido o asfaltamento da estrada que liga a sede ao Maceió, o que poderá potencializar a exploração da atividade turística, mas, também aumentar os problemas na paradisíaca praia camocinense. Assim nos fala o autor sobre estas questões:
"No verão, muitas vezes, o leito da estrada é soterrado pelas areias das dunas que dificultam o tráfego de veículos e dos próprios moradores. Para muitos deles, este é um sério problema que também impede o desenvolvimento do turismo no Maceió. Mas, a questão é polêmica. Há nativos e visitantes que discordam do asfaltamento da estrada e defendem a sua permanência em leito natural, com a devida manutenção na alta estação turística.
A Vila da Caucaia é a porta de entrada do Maceió. É nela onde se inicia o calçamento e um conjunto de casas enfileiradas que mudam a paisagem natural predominante. A vila de casas (antes padronizada) foi doada pela Prefeitura aos pescadores, em 1985, quando a barragem do lago Boqueirão (construída em 1982 nas proximidades do Maceió) não suportou o represamento de um forte período de chuvas, transbordando suas águas para as adjacências. Muitos pescadores tiveram as moradias destruídas, levando a Prefeitura a recorrer à Caixa Econômica Federal para financiar um Conjunto Habitacional (COHAB) com 40 casas onde hoje se situa a Vila da Caucaia.
No entanto, a falta de fiscalização da Prefeitura sobre estas doações facilitou que alguns nativos desvirtuassem a finalidade do benefício e vendessem as casas a visitantes que as transformavam em segundas residências. Com o dinheiro da venda, os pescadores adquiriram um novo imóvel na sede ou construíram casas mais amplas no Maceió, em terrenos mais distantes das áreas alagáveis".
No entanto, a falta de fiscalização da Prefeitura sobre estas doações facilitou que alguns nativos desvirtuassem a finalidade do benefício e vendessem as casas a visitantes que as transformavam em segundas residências. Com o dinheiro da venda, os pescadores adquiriram um novo imóvel na sede ou construíram casas mais amplas no Maceió, em terrenos mais distantes das áreas alagáveis".
Fonte: ASSIS, Lenilton Francisco de. ENTRE O TURISMO E O IMOBILIÁRIO: velhos e novos usos das segundas residências sob o enfoque da multiterritorialidade - Camocim/CE. P. 196.
Olá professor, gostaria de uma ajuda sua, já vasculhei a net e alguns poucos livros sobre Camocim, mas não encontro a origem da nossa bandeira, quem criou e quando, onde será que posso consegui estas informações?
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