Sampaio Correia II em Port of Spain. 1923. Fonte: Revista da Semana, Rio de Janeiro, nº 10, p.23, 1923. |
Resolvidos os problemas no Haiti o raid foi retomado. Em Porto Rico, segundo a crônica da época, os tripulantes do Sampaio Correia II "viveram na idolatria do povo". Pinto Martins, à convite da Universidade local foi convidado a proferir conferência "não sobre as possibilidades, as conquistas e os perigos da aviação, mas sobre pan-americanismo, sobre as vantagens e desvantagens da theoria de Monroe, modificada por noventa e nove annos e alguns mezes de experimentação". (Revista da Semana, Rio de Janeiro, nº 10, p.23, 1923).
Para a etapa seguinte, Guadalupe e Martinica, o voo transcorreu sem incidentes, pousando a 12 de outubro de 1922. Nesta etapa da viagem, a narrativa ganha ares poéticos, segundo a fonte que estamos usando: "A nau do azul parecia entrada na zona das calmarias: era sob ceus mansos, uniformemente tranquillos, que então se navegava entre as erradias nuvens da manhã e da tarde, veus de gaza com que o sol costuma envolver-se". (Revista da Semana, Rio de Janeiro, nº 10, p.23, 1923).
Tripulação do Sampaio Correia II num passeio em Trinidad. Pinto Martins é o último da esquerda para a direita. Fonte: Revista da Semana, Rio de Janeiro, nº 10, p.23, 1923. |
No entanto, a partida para a próxima etapa, encontrou muitas dificuldades, notadamente quanto às condições climáticas. Enfrentando um forte temporal chegam a Port of Spain, em Trinidad e Tobago no dia 15 de outubro, onde tiveram que demorar por mais trinta dias para conserto das hélices "rachadas pelo aguaceiro" e outras avarias no motor.
Continua na próxima postagem!
Fonte: Revista da Semana, Rio de Janeiro, nº 10, p.23, 1923.
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