quarta-feira, 21 de setembro de 2016

VI SETEMBRO CAMOCIM - III - ANASTÁCIO PEDROSA E AS LEMBRANÇAS DA FERROVIA EM CAMOCIM


COM OS OLHOS DE HOJE. RESTA-NOS VER A SAUDADE DA PARTIDA DO PASSADO.

by Charles dos Santos Silva

Carteira de Trabalho do Sr. Anastácio Pedrosa Filho.
Fonte: Acervo da Família
Anastácio Pedrosa Filho, nascido no dia 08 de Outubro de 1961, na Maternidade Doutor Marques Bastos, na cidade de Parnaíba-Piauí era filho de Anastácio Pedrosa, foguista e de Luzia Melo Pedrosa.  Seu Anastácio, um ex-ferroviário que morou em Camocim, em 14 de julho de 1975 passou a ser empregado da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), da 2ª Divisão Operacional Cearense com o cargo de maquinista, matrícula 30978, como informa seus documentos.
Camocim, originalmente, foi o trecho inicial da Estrada de Ferro Camocim-Sobral e, junto com o porto, foram de suma importância para a economia local. A linha histórica da antiga estrada de ferro, no período do século XX, chega a seu ponto máximo em Oiticica na divisa com o Piauí, em 1932. Seu Anastácio foi um morador de Camocim no bairro Olinda. Como todo ferroviário, participou dessa fase econômica de grande importância para a economia regional.
Dados deixados em seu diário de BORDO, constam datas desde 1967, cada bloco e locomotiva com suas numerações e dados de velocidade do trem. Os registros em seu diário mostram a seriedade e importância de seu trabalho como maquinista na estrada de ferro, além de revelar aspectos do cotidiano de trabalho na ferrovia e as relações entre os funcionários.
Postal ofertado aos funcionários da RFFSA.
Acervo: Família do Sr. Anastácio Pedrosa Filho.
Anastácio tinha a responsabilidade de anotar e registrar toda e qualquer alteração ocorrida na locomotiva, sendo na velocidade, parada ou cargas extras como trazidas e levadas pelos seus vagões do trem, puxados pela conhecida Maria fumaça, assim chamada pela população camocinense que recebia a comissão com grandes demonstrações de alegrias.
O tempo passou e ficou a saudade dos trens como assinala o poeta: “No hoje de nossos dias, decorridos tantos anos da partida definitiva do último trem da estação de Camocim, tudo quanto lhe abraça com os olhos tudo se torna assim como um sacramento, por que provoca uma recordação daquela glória passada.” (XIMENES, Pe. Luís. Paixão Ferroviária. Ed. do Autor, 1984, p.194). 

Fontes: Diário de Bordo. Anastácio Pedrosa, p.196).Acervo da família de Anastácio Pedrosa. 
Agradecimento: Cleciane Chaves e Nando (neto).
Postado por Charles dos Santos Silva. Aluno do curso de História PARFOR/UVA




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