Não se sabe ao certo em que ano ou data especifica os rituais de rezas e benzeduras surgiram. Porém, alguns documentos registram rezas do século IX antes da cristianização da Europa por Carlos Magno. Em Camocim ainda é possível encontrar algumas pessoas que praticam esta cultura, como veremos na matéria abaixo.
Aluna do Curso de História PARFOR/UVA/Camocim
Sr. Evangelista, rezador. Camocim-CE. 2016. Foto: Gerlane Viana de Souza |
O dom da reza, como preferimos assim chamar é ou pelo menos deveria ser passado de geração em geração. Antigamente era muito comum que a pessoa mais velha da casa fosse rezador(a), porém com o passar dos anos e as transformações acontecidas decorrentes da globalização, nos fez perder grande parte dessa herança milenar .O fato é que essa cultura está se perdendo no tempo.
Seu Evangelista, rezador muito conhecido na região onde mora, relatou-me que nenhum de sues filhos teve interesse em aprender. Seu Evangelista, ao contrário de alguns rezadores, diz poder ensinar a quem se interessar em aprender suas rezas. Quando indagado sobre quem o ensinou ele diz se tratar e um dom divino.
As rezas são orações acompanhadas na maioria das vezes de elementos tais como água, sal, ramos de arruda, linhas, rosários, etc. Benzer significa tornar bento ou santo, benzer uma pessoa é o ato de rezá-la pedindo para que o mal especifico ou males se afastem.
Em nossa cidade os rezadores se fazem mais presentes no interior, onde a cultura das benzeduras, “ de levar o menino pra rezar” é bem mais corriqueiro. Isso ocorre porque antigamente no interior as coisas eram bem mais difíceis, os médicos eram distantes, então as famílias tinham que recorrer aos céus e a sua fé. Não podemos deixar que essa cultura tão bonita e importante para a construção de nossa historia se perca no tempo.
Muito legal a postagem que recupera um pouco da prática de rezar e benzer
ResponderExcluir